03 setembro, 2013

A sociedade gafanhoto

Lendo alguns comentários no Facebook de pessoas que vivem em São Paulo, é fácil perceber a insatisfação dessas pessoas com a cidade.
A megalópole, cinza, superpopulada e barulhenta, se torna mais insustentável a cada dia. E, de acordo com esses comentários, a solução é sair daqui.
Migremos, então, todos para o interior.
Eba, viva, urra! Solucionamos o nosso problema!

Mas será mesmo que esta é a solução?

Viver em São Paulo, ou em qualquer outra capital do Brasil, é uma aventura. Há o trânsito, o barulho, o cinza, a falta de sentimento pra com o próximo... Mas será que é só isso?
Temos a comodidade de ter à mão, em qualquer momento do dia, o que nos apetecer. De remédios, passando por música, literatura, café, quase tudo está ao nosso alcance. E o que não puder ser obtido facilmente em pessoa, pode ser obtido pela internet ou pelo telefone.

Aparentemente, essa comodidade não seduz mais as pessoas. Buscamos conforto, tranquilidade, a tal qualidade de vida que é alardeada como o mais desejável dos bens de consumo. A Mercedes-Benz do impalpável, o Rolex do sono tranquilo.

Oras, parece fácil: é só abrir mão da comodidade da cidade, mudar de carreira e rumar pro interior. Ali, onde tem aquela casinha aconchegante, bem mais barata que na cidade, onde dá pra ter cachorro, jardim, piscina...

Chamo atenção, agora, pras consequências desse êxodo: as cidades do interior estão, cada vez mais, parecidas com as capitais. Com a desculpa de que é necessária mais infraestrutura para acomodar os novos habitantes, o cinza é trazido à baila para expandir as propriedades nos outrora verdes vales e montes.
Estradas são alargadas, árvores derrubadas... É o progresso chegando a toque de caixa para facilitar a vida das pessoas.

Vê onde eu quero chegar? Os seres humanos se comportam como nuvens de gafanhotos, migrando rapidamente e consumindo tudo o que vêm sem seus caminhos. Em nome do conforto, destruímos a natureza e mudamos rotinas e hábitos, visando lucro. Muitos filósofos já diziam: somos o câncer do mundo, a espécie a ser aniquilada para a sobrevivência do planeta. E eu concordo com isso até certo ponto, mas também acredito no nosso poder de mudança.

Por que não aprendermos a conviver com as mudanças que fizemos aqui, na cidade grande? É hora de implementar, por exemplo, jardins verticais nas empenas cegas dos grandes prédios, cuidar melhor de nosso lixo, dar bom dia às pessoas na rua... 

A mudança tem de ser de dentro pra fora, precisamos decretar o fim da "sociedade gafanhoto".

29 agosto, 2013

Significados e Sentidos...

A poesia não tem um comprometimento com os fatos, mas sim, com a beleza e a emoção que os envolve. É narrar com o coração o que se vê com os olhos da alma, arredondando cantos como quem constrói um móvel para um quarto de criança. Depois, pinta-se com cores vivas e, mesmo que essas brilhem, suas gavetas e portas podem esconder desde as mais doces brincadeiras aos mais antigos temores infantis.

 Cozinhar é o que sobrou explicitamente na vida moderna do romantismo alquímico de misturar o que o mundo nos dá com o amor que trazemos dentro da gente. É transformar a obra de Deus oriunda da terra, em cheiros, aromas e sabores. É transformar uma vida em alimento para outra, suprindo não só a necessidade nutricional de um ser, mas também, o preenchendo de bons sentimentos e amor.
Cozinhar é exercer a alquimia, que apesar da modernidade, ainda se conserva a mesma, sob os preceitos de Lavoisier: nada se cria, tudo se transforma. Que seja, então, a fusão de texturas, cheiros, aromas e amores com a intenção de preencher que se quer bem de amor e compaixão.

14 agosto, 2013

Ridicularidades do mundo corporativo moderno

Parando um pouquinho pra pensar, o mundo corporativo moderno é uma das coisas mais ridículas que se pode viver.

Pensa só: você é contratado pra implementar mudanças em um sistema. Porém, essas mudanças só podem ser implementadas se forem aprovadas pelo chamado "owner" de determinada funcionalidade.

Legenda: você só pode mexer no sistema se o Joãozinho deixar.

Eu entendo a necessidade e a ciência disso. Mas, no geral, o tal "owner" não faz a mínima ideia do que é o sistema, muito menos o que a mudança que foi pedida vai acarretar nele.

Aí, você recebe um SLA, um Service Level Agreement, que determina em quanto tempo essa mudança tem que ser implementada. E claro, é só uma forma de se colocar o "macaquinho" nas costas de outra pessoa. É isso mesmo, se lembra da propaganda daquela marca de tubos que tinha os miquinhos? Genial!

Legenda: Faz rapidinho aí. Se não depender de você, passa o macaquinho. Tira da sua b**da!

Aí você recebe aquele pedido de alteração gigantesco, sem sentido nenhum, já taxado como urgente. Parece até caso de polícia: vem com aviso, todo em vermelho, luzes piscando... Estou esperando ver o dia que o Datena vai aparecer na minha mesa pra anunciar o tal chamado urgente: "Põe na tela! Eu quero IBAGENS do chamado! Me dá IBAGENS!"

Legenda: Urgente é tudo aquilo que um idiota ficou sentado em cima por DIAS, deixou pra última hora pra te passar e quer que você se vire pra fazer em tempo recorde.

Mas no mundo corporativo, prazos são uma mera formalidade. Nada que esteja taxado como urgente, pra ser executado em até 24h, pode esperar tanto. Minutos depois, aparece o cara na sua mesa: "Então, aquele chamado é urgente. Preciso dele em 3 horas. Tem como dar uma agilizada?"

Duvido você conseguir argumentar que não consegue cumprir as tais 3 horas. O semblante do amigão - sim, essas pessoas se julgam suas amigas de infância, chegam dando aquele tapa no seu ombro, passando a mão na tua cabeça como se faz com aquele sobrinho sacana de 7 anos - passa para uma expressão de assustado, um espanto gélido. "Como assim, bróder? Estou contando com isso pra conseguir terminar meu trabalho!". Argumentar que há uma fila e que alguém veio, 10 minutos antes, com a mesma história é a coisa mais inútil da terra. Passamos aí pra próxima fase: as ameaças.

O amigão, que agora se encolhe tal qual animal atacado, agora se comporta como alguém que você destratou por dias, mesmo não sendo verdade. É hora de sacar as armas - pensa.

"Gigante, não dá pra ser assim, cara. Você é muito radical! Dá um jeitinho aí, isso é muito importante. Você precisa vestir a camisa, como eu faço!"

Legenda: Chantagem corporativo-emocional. Pensam que cola, ainda nos dias de hoje.

Diante de uma nova negativa, a coisa muda pra chantagem descarada:
"Cara, vou ter que acionar o Seu Pereira. Aí você vai ter que dar prioridade."

Não importa o nome: o Seu Pereira é sempre algum tipo de gerente, o conhecido como pica grossa do projeto (mesmo que seja mulher, não me entendam mal), que todos falam em acionar nessas horas. Mesmo que nem saibam quem é cara.

Legenda: Se lembra quando seu irmão mais novo ou aquele primo, queria o seu brinquedo preferido e você não queria emprestar? O que ele fazia? "Vou falar pra sua mãe se você não me emprestar!" Lembra? É igualzinho, só que em vez de apelar pra alguém que vai te dar uns tapas, eles apelam pra alguém que vai atacar um lugar BEM mais dolorido: seu bolso.

Aí, você que perdeu um SENHOR tempo discutindo com o amigão, recebe a TROLHA pra resolver em tempo recorde. Só que além disso, tem que explicar pro Seu Pereira o que é que você vai fazer, pra ele poder aprovar...

O mundo corporativo nada mais é que aquela brincadeira de rua, da sua infância, lembra? Cada um leva um brinquedo, que é pra gerar uma brincadeira legal pra turma toda. Alguns não levam brinquedo e apelam pra mãe ou pro pai do amiguinho, que não quer nem saber: "Empresta o brinquedo pra ele, Gigante!" - gritam. Outros, apelam pros meninos mais velhos da rua de baixo, que ameaçam fazer você se arrepender de não emprestar.

A pergunta que fica: o que você está fazendo pra melhorar as suas brincadeiras?

12 agosto, 2013

Sonhos

É interessante como perseguimos alguns sonhos na vida, como eles nos martelam a mente até que seja realizados ou tomados como impossíveis.

Porém, algo que não se fala, é que muitos sonhos tem uma espécie de validade e, depois dessa validade, acabam se tornando outra coisa. Talvez algo até mais compreensível.

Ontem foi dia de ver um sonho meu realizado assim, transformado em outro. Por muito tempo eu achei que sabia o que eu queria, sonhei, pensei, pesquisei, economizei, adiei... Até que ontem, domingo, meu sonho finalmente tomou forma de verdade e se materializou em forma de um presente.

Não é o preço, é o valor. Não é o que, mas é o que, ao menos pra mim, representa. E a reação de incredulidade, é o "deixar sem jeito", mas espero que feliz.

Acho que o verdadeiro sonho é realizar sonhos. Não só os próprios, mas talvez, mais os de quem se ama.

28 março, 2013

Comissão de Ética, Direitos Humanos e Minoria: de "esquecida" a "notória"

Essa polêmica toda da escolha de um pastor homofóbico e racista (de acordo com declarações do mesmo no Twitter) é válida, mas vamos tentar explorar por que ela aconteceu?

Ouvindo à Band News ontem, minha atenção foi chamada por uma colunista que explicou a questão toda: a pasta, por não dar visibilidade (até então) e nenhuma projeção que gerasse votos, nenhum partido a queria. E foi aí que o PSC se não me engano viu a oportunidade e nomeou Marcos Feliciano para a pasta.

Agora, reflita comigo: de quem é a culpa deste ser desprovido de qualquer capacidade para o assunto estar conduzindo a pasta?

É NOSSA. Sim!

É nossa que elegemos, em primeiro lugar, um crápula como ele. Em segundo lugar, é nossa porque elegemos outros crápulas que dividem o poder de forma que este se torne uma espécie de vitrine ou "poupança de votos", pra que se perpetuem na mamata que é a vida parlamentar no Brasil hoje.

Ou seja: não adianta reclamar, ficar fazendo gritaria em Rede Social e achar lindo Chico Buarque e outros baluartes da (falida) cultura brasileira fazendo campanha. Eduque seus filhos e corra atrás dos seus direitos de maneira EFETIVA, pra que tenhamos a esperança de, ao menos, termos menos filhos da puta eleitos no país.

Lei Seca X Transporte Público

Não preciso bater novamente na tecla de que todo castigo pra idiota é pouco, né? Reconheço que no passado já bebi e dirigi, mas deixei de ser idiota e não faço mais isso. Porém, o foco desta reflexão não é este. Eu destaco aqui as "campanhas de facebook" que dizem que, já que o governo proíbe beber e dirigir, deveria prover transporte coletivo 24h em toda a cidade.
Hora, não sejamos idiotas. Como é que se justifica tal absurdo? Claro que transporte público 24h seria ótimo, daria pra ir pro barzinho e beber sem se preocupar em voltar pra casa depois. E eu sei que táxi é caro pra maioria das pessoas, então nem cogitei. Só me faz pensar: você não pode abrir mão da bebida para evitar que morra ou que mate alguém dirigindo embriagado? Não pode abrir mão do automóvel e fazer seu happy hour ou balada de ônibus?
Acho que se nenhuma das duas opções é possível pra você, você abre mão do direito de sequer criticar aquelas pessoas pegas na lei seca, ou aquele rapaz que arrancou o braço do lavador de vidros na Av. Paulista, dias atrás. Você está fazendo A MESMA COISA, só não chegou ao ponto de quase matar alguém. Ainda.
E vou além: este lobby todo, é mesmo em nome do seu direito? Ou isso é iniciado lá atrás, pela indústria da cerveja e do álcool? Essa mesma indústria é quem patrocina o "Brasil: Carnaval, Futebol e Cerveja" e vende isso como sendo o paraíso na terra. A mesma que, se fôssemos TODOS respeitar a lei e tomar ZERO álcool antes de dirigir teria prejuízos astronômicos, vincula sua imagem ao esporte e está tão arraigada na cultura nacional que ainda ouvimos hoje pessoas que acham bonito dar a "espuminha" da cerveja pra criança. - Olha lá, já é adulto que nem o papai - quem nunca ouviu esta cretinice de alguém num churrasco ou almoço de família, presenciando o irresponsável dando cerveja pra uma criança que mal sabia a fria em que estava se metendo?
Assim, eu digo: seja mais responsável. Tome as rédeas do seu próprio destino e pare de terceirizar sua responsabilidade, colocando no governo ou na falta de transporte público a culpa por dirigir embriagado. Seja o cidadão que você espera do mundo!

16 janeiro, 2013

Relfexões Urbanas - Doe Sentimentos

No último domingo estive presente no evento "Doe Sentimentos", uma iniciativa de pessoas que buscavam colocar um pouco mais de amor no cotidiano de todos nós através da distribuição de corações em 3 semáforos do centro de São Bernardo do Campo.
E não eram simples dobraduras: eram corações de papel, pano, plástico, todos feitos voluntariamente por pessoas de todas as idades, de forma voluntária. Crianças e adultos de todas as idades confeccionaram esses mimos, puseram seu amor nessa tarefa e, sua única recompensa, era a sensação de que alguém que talvez nunca conheceriam teria seu dia mudado completamente.
E foi bem isso o que aconteceu: éramos por volta de 50 voluntários, cada um com sua tarefa: alguns distribuindo corações, outros fotografando, outros ainda carregando a faixa do evento...

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Mas o real objetivo deste texto é mais uma reflexão do que observei nas ruas de São Bernardo, então, vamos a ele: a reação das pessoas.
Começamos às 10 da manhã, com um movimento relativamente pequeno nas ruas. E logo no começo notei que haveria alguma resistência por parte do grande público à ação. Muitos viam o movimento incomum no farol e reduziam a velocidade de seus veículos, evitando a parada total e o contato com os participantes. Ao ver a faixa da ação, alguns mudavam sua atitude e abriam um pouco o vidro do carro, com alguma receptividade. E os participantes não faziam feio: com um sorriso no rosto, abordavam os motoristas com seus corações em punho.
Curiosa era a reação de muitos motoristas: alguns, antes mesmo de saber do que se tratava, já diziam que não tinham trazido trocados e não queriam comprar nada. O semblante de muitos mudava da repulsa para a incredulidade quando descobriam que a ação era de doação de sentimentos, sem venda ou qualquer fim lucrativo.
Esse tipo de reação me fez pensar muito em como abordamos a vida hoje, nos grandes centros urbanos. Temos uma exposição tão grande à violência e ao cinza de tudo que foge do comum é tratado primeiro como ameaça em vez de oportunidade. Mesmo com faixa, carro de som e pessoas fazendo festa na rua, muitos motoristas insistiram em não abrir a janela do carro, nem sequer um pouquinho. Era quase uma declaração separatista, como se o vidro e o metal os apartasse de algo contagioso. Mal sabiam que, se contagiados, suas vidas poderiam ter mudado para sempre, e para bem melhor!

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Foi muito bom ver que, além daqueles que optaram por não participar ou sequer tomar conhecimento do que era a ação, muitos ficaram emocionados e agradecidos pelo contato. Veja essa foto acima. Sorrisos como este fizeram parte de toda a ação e foram combustível para que todos trabalhassem com mais afinco na proposta. Muitas pessoas passaram a pé e também receberam corações, algumas abraçaram os participantes, outras declamaram poesias... foi algo quase surreal!

Imagem inline 3Este corredor passou pela ação e note: levou um coração.


Esta mulher também participou de dentro do seu carro. Veja o sorriso! Imagem inline 4

E esta menina aqui embaixo, a Renata Stort, organizou tudo isso.

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Em breve, novos braços desta ação irão ganhar as ruas. Será que você está preparado pra ela? Ou viu tudo isso e ficou com vontade de ajudar?
De qualquer forma, visite o http://doesentimentos.wordpress.com. Lá você vai ter todas as fotos da ação, detalhes sobre como começou, fotos da produção dos corações e de vários participantes... Enfim: é de lá que as novas datas da ação sairão.

E você, está disposto a Doar Sentimentos?

04 janeiro, 2013

A história pode ser cíclica

Para você, que já pensou muito em Fibonacci, já saturou de pensar na "Teoria do Astronauta", já se pegou pensando em "Eram os deuses astronautas" (E. Von Daniken), veja este artigo:

http://meiobit.com/113890/o-marte-que-foi-ou-o-marte-que-ser/

Nada mais nada menos do que temos a tecnologia necessária para, em teoria, transformar Marte em uma 2a Terra. Quantas vezes a ficção científica não explorou o tema? O texto inclusive faz alusão a um célebre filme que tem uma chave capaz de liberar o trabalho de reatores que, estes, são responsáveis por criar uma atmosfera respirável para a colônia humana em Marte.

Agora, depois de todo o embasamento científico, pergunto: já parou pra pensar que a Terra pode ter sido a cobaia deste processo a partir de uma outra civilização? Quantas evidências já encontramos de que temos culturas milenares interligadas pelo globo, separadas por milhares de quilômetros? Isso tudo sem falar das ruínas subaquáticas inexplicáveis e as constantes referências históricas a máquinas voadoras, mais de 10 séculos antes do homem ser sequer capaz de imaginar uma máquina que replicasse os pássaros.

Fica aí um bom exercício de imaginação pra quem quiser escrever um conto com algum embasamento científico: a raça humana, depois de ser capaz de recriar um ambiente que replique a Terra em Marte, vai descobrir exatamente o que sobre si mesma? Que é uma espécie cigana, vagando pelo universo através dos milênios?

03 janeiro, 2013

Deixando tecnologias para trás (ou a evolução é um caminho de abandono)

O título é dramático, eu sei. Mas manifesta a minha surpresa ao encontrar dificuldade para revelar um filme 35mm, antigamente o mais popular entre os fotógrafos amadores.

Fui à Automatika, na Av. Francisco Prestes Maia, em São Bernardo do Campo, feliz, revelar as fotos de que falei nos últimos posts. A atendente me olhou surpresa:

- Não revelamos filme aqui.
- Mas eu comprei esse filme aqui!
- É que a gente tem no estoque. Mas não revelemos mais.
- E onde revelo?
- Xii, não sei. Acho que só lá pra São Paulo.

Interessante a cara dela enquanto eu segurava o rolo de filme perguntando pelo destino dele. Era uma cara quase de alguém que lida com algum tipo de material contaminado, ou até mesmo como se eu levasse fezes naquele potinho e tentasse entregar no balcão de uma delicatessen.

Bom, pra tudo, Google. E ele também demorou a me ajudar. Acabou apontando para a Fotoplan, no ABC Grand Plaza Shopping, em Santo André.

Liguei:

- Fotoplan.
- Boa tarde, vocês revelam filmes analógicos?
- Olha, revelo. Só que demoram 7 dias, vai lá pra matriz em São Paulo.

Uau, vai lá pra Matriz, em São Paulo! Puxa, tecnologia de ponta! Mas deve estar na ponta de lá do ciclo evolutivo...

Interessante como o abandono de uma tecnologia, mesmo ainda existindo alguns interessados e mesmo com o mercado fotográfico aparentemente em alta faz com que ela pareça algum tipo de doença infecto contagiosa.

Ainda em tempo: atendentes novinhos(as), quando você pergunta de filme fotográfico, te olham com uma cara de "o que é isso? Morde?". É divertido!

Então, sendo assim, na próxima 4a devo ter minhas fotos analógicas prontas. Aí escaneio e estarão aqui, devidamente avaliadas e para avaliação.