17 abril, 2007

Tá faltando notícia

Pra variar, fui ler o Terra esta manhã, só pra saber dos principais assuntos e rir um pouco com as manchetes esdrúxulas. E não é que eu encontro uma manchete em vermelho, falado do casal do big brother almoçando juntos na casa dos pais de um deles?

Sabe, nessas horas eu não sei se fico achando ridícula a manchete, ou se fico perplexo com a futilidade do povo brasileiro que dá atenção pra tamanha futilidade.

Depois ninguém sabe por que esse país é o que é!

13 abril, 2007

Sexta-feira 13, superstições à toda?

Isso mesmo, hoje é a tal famosíssima data mais odiada, ou adorada, não sei, pelos supersticiosos: a tenebrosa sexta-feira 13!
 
Eu pensei agora em por aqui o motivo de temor por esse dia tão comum, mas não estou com ânimo pra fuçar na grande rede.
 
De qualquer forma, os maiores absurdos saem da toca hoje, quando aquela superstiçãozinha que as pessoas têm se demonstram em seus atos. Vale tudo, desde santinho na carteira, carro benzido, até evitar passar embaixo de escadarias, cores, uma infinidade de coisas.
 
O mais curioso, pra não dizer triste, foi um programa de TV que veiculou ontem uma entrevista com uma "sensitiva" que recomendou em cadeia nacional que as pessoas se livrassem dos gatos pretos, especialmente os de olhos amarelos, pois estes são objetos de magia negra.
 
Agora, me digam: o tadinho do bichinho tem algo a ver com a superstição da mulher? E a responsabilidade de dizer isso no ar, pra uma população como a nossa que, muitas vezes, acaba por não ter um grande discernimento das coisas e age impulsionada pelas palavras "daquela mulher que estava na televisão".
 
É a tal cultura que reza que se uma pessoa está num programa de TV, ela deve saber do que está falando, deve ser importante...

12 abril, 2007

A dinâmica da nominação

Já perceberam que, conforme vamos conhecendo e nos tornando íntimos de uma pessoa, o nome pelo qual a chamamos tende a diminuir?

É, perceba isso. O nome, ou até mesmo o apelido, vai sendo mutilado, até a menor porção possível ser tudo o que resta.

Por exemplo, tenho um amigo, o Fernando. O Fernando, por ser muito querido por muitos, ganhou vários apelidos, entre eles, Ferdis. Já temos aí uma severa diminuição de seu nome para a formação deste apelido.

À partir daí, o próximo corte vitimou o S. Coitada da sibilante letra, que passou a ser ignorada e o meu amigo, passou a ser o Ferdi.

Mas como cito, não fora o bastante vitimar, além do resto que já havia sido cortado, o pobre S. Agora, de Fernando, ele passou a Fê. Por que? Oras, porque sim. Simplesmente isso, simplesmente as coisas correram pra esse lado.

Aí, chega uma hora, que você tem uma intimidade tal com a pessoa, que acaba falando com ela sem a chamar pelo nome. Acho que isso é o máximo da destruição de um presente que tomou um bom tempo dos pais da criança para esta escolha meticulosa e delicada.

Mas acho que é um ciclo inevitável, pois, no fim das contas, temos sempre um motivo pra chamar os "Fe"s de nossas vidas pelo nome todo, aquele nome inventado, cheio de Silvas, Oliveiras, Pontes, e outros sobrenomes roubados de algum jornal esquecido na mesinha de café.

11 abril, 2007

Massacre inglês

Todos aqui sabem que eu não sou muito fã de futebol, mas ontem estava bobeando na TV e vi o Manchester enfiar 7x1 no Roma, pela Copa dos Campeões, depois de levar 2x1 na Itália.
 
Sinceramente, eu não via um massacre tal há MUITO tempo. Passes precisos, finalizações certeiras e o Doni não vendo nem a cor da bola.

09 abril, 2007

X-men tupiniquim e el Señor Ricardo Queso

Segunda feira, dia de boas recomendações e constatação da lei de Lavoisier na mídia.
 
Começamos pela lei do francês: fuçando pelo Terra, encontrei uma matéria sobre a nova novela da Record , que eu me esqueci do nome. Leia a matéria e constate: o que é dito pelo autor como "inspiração" é, na verdade, o original e a novela, a cópia. A premissa toda dos mutantes, o fato de alguns desconhecerem e não aceitarem seus poderes, é puro X-Men. Os tais mutantes "do mal" também estão nos gibis, os "normais" que querem acabar com os mutantes... Está tudo lá, de acordo com a matéria.
 
Agora a recomendação: Richard Cheese. O cara é hilário, fazendo releituras naquele estilo jazz de cassino para as mais diversas músicas: Creep, do Radiohead, Crazy Train, do Ozzy Osbourne, e a mais inusitada, People = Shit, do Slipknot.
 
Onde achar isso? E-mule, Limewire, não sei. Ganhei um CD com os sons do cara.

05 abril, 2007

O "hype" no futebol

Nos últimos anos, eu chutaria uns 10 ou 12, o esporte brasileiro passou por vários "hypes", aqueles fenômenos de aceitação que a mídia acabou induzindo e incentivando.

Lembro da época em que as seleções de vôlei começaram a ganhar de tudo, aí o povão foi atrás do vôlei. Tinha até gente que dizia que ia substituir o futebol na preferência nacional.

Depois, foi a vez do Guga, e a proliferação em massa das escolinhas de tênis pelo Brasil. Teve um menorzinho, com o Gustavo Borges e a natação.

Mas os mais "curiosos" foram os do futebol: numa era em que o esporte bretão no Brasil mostrou mais ainda os sujos bastidores financeiros, o mercenarismo tomou conta dos jogadores e as torcidas tiveram sua violência e intolerância destacadas, alguns times acabaram por conquistar fãs muito longe de suas origens e entre outros clubes.

É o caso de um "hype" famoso em SP: o São Caetano, time que há alguns anos era inexpressivo, hoje figura entre os 6 mais do campeonato paulista, tido como um dos mais fortes do país. No ABC, região de origem do time, muitos corinthianos, palmeirenses, santistas e torcedores dos mais diferentes times passaram a andar por aí com a camisa do "Azulão", como o time é conhecido. Bonita camisa, por sinal.

É como se fosse um segundo time de todas as torcidas: aquela coisa de se torcer pra um time pensando que ele não tem força pra chegar lá, como se torce para um time da segunda divisão ou o time do bairro, se tornou comum entre muitas pessoas.

Hoje, o São Caetano é exemplo de vitória e perseverança, tendo chances reais de conquistar o campeonato paulista.

Outro "hype" famoso, mas menos duradouro que o do São Caetano é o do Paysandu: há alguns anos, o "Papão da Curuzu" (eu posso com um apelido desses?) estava bem no campeonato brasileiro, levando muita gente a assistir seus jogos e comprar as camisas aqui no sudeste.

Mas as vitórias do time celeste nordestino acabaram por não ser tão constantes, e a equipe perdeu um pouco de seu charme e o tal "hype" morreu.

Estamos no final dos campeonatos estaduais de todo o Brasil, logo teremos o campeonato brasileiro, cheio de surpresas e a possibilidade de novos "hypes". Alguém arrisca dizer qual será o time da vez?

Descobri como eu vou morrer...

Pois é, descobri como eu vou morrer. Vai ser de infarto ou algum ataque fulminante decorrido de stress. E stress causado por gente burra, daquelas com preguiça de pensar, sabe?
 
Acho que mais do que gente folgada, que não respeita os direitos dos outros, esse pessoal com preguiça mental me irrita a um ponto além do que eu posso controlar.
 
O mais esquisito vai ser eu, com esse tamanho todo, sendo carregado por alguém pra um pronto socorro, na esperança de ser salvo. Ou ainda, minha família tendo que comprar um caixão pra mim, acho que vai ter de ser especial, rs...
 
Bom, não sei o que eu faço com essa minha vontade de mandar gente medíocre às favas, isso vai acabar sendo maior que eu e eu vou acabar no olho da rua.
 
Preciso realmente de algum lazer, ô inferno!

03 abril, 2007

Pra uma amiga, uma metáfora musical

INCUBUS

"A Certain Shade Of Green"
Um certo tom de verde

A certain shade of green,
Um certo tom de verde
tell me, is that what you need?
Me diz, é isso que você precisa?
All signs around say move ahead.
Todas as placas ao redor dizem siga
Could someone please explain to me your ever present lack of speed?
Alguém poderia me explicar por favor sua sempre presente falta de velocidade?
Are your muscles bound by ropes?
Estão seus músculos presos por cordas?
Or do crutches cloud your day?
Ou muletas anuviam seu dia?
My sources say the road is clear,
Minhas fontes dizem que a pista está livre,
and street signs point the way.
E placas apontam o caminho.

Are you gonna stand around till 2012 A.D.?
Você vai ficar aí parado até 2012 D.C.?
What are you waiting for,
O que você está esperando
A certain shade of green?
Um certo tom de verde?
I think I grew a gray watching you procrastinate.
Eu acho que nasceu um cabelo branco em mim te vendo procrastinar
What are you waiting for,
O que você está esperando
A certain shade of green?
Um certo tom de verde?

Would a written invitation
Um convite por escrito
signed, "Choose now or lose it all,"
assinado, "Escolha agora ou perca tudo"
sedate your hesitation?
sedaria sua hesitação?
Or inflame and make you stall?
Ou inflamaria e te faria encalhar?
You've been raised in limitation,
Você foi criado em limitação,
but that glove never fit quite right.
Mas essa luva nunca serve muito bem
The time has passed for hand-me-downs,
O tempo de pedir ajuda passou
choose a new, please evolve,
Escolha um novo, por favor evolua,
take flight
Decole

What are you waiting for?
O que você está esperando?
A written invitation?
Um convite por escrito?
A public declaration?
Uma declaração pública?
A private consolation?
Uma consolo privado?

Caminhos da vida

Não é interessante como a vida da gente muda, como muitos planos
acabam se chocando com coisas que acabamos por escolher?

Eu acabo de perceber, além disso, que eu nunca fiz planos a longo
prazo quando criança ou adolescente. Claro, eu tinha muitos sonhos,
alguns já realizados, outros ainda sonhados e ainda outros que se
foram, mas planos como o de ter uma casa assim ou assada não eram bem
meu foco.

Eu me lembro de querer ter um carro, quando tinha lá meus 15 anos.
Achava que seria bem mais livre com um carro.

Me lembro também de nunca ter realmente planejado um casamento. Não
tinha essa ilusão de que eu seria exatamente como todos achavam que eu
deveria ser.

Acho que isso encaixa bem com o que minha vida está se tornando, com
os caminhos que eu trilho hoje. Como ouvi ontem, e enxergo em mim
também, sou um espírito livre. Não é me prendendo a convenções e
coisas pequenas que eu vou ser feliz. Mas reconheço que pode ser
difícil, algumas vezes, tentar explicar o que é isso pro resto do
mundo.

02 abril, 2007

Mentira!

Dois de Abril. Acho que percebemos que o tempo passa e os valores
mudam depois de uma "efeméride" como a de ontem, o famigerado primeiro
de abril, conhecido mundialmente como dia da mentira.

Quando crianças, dedicamos o dia primeiro a pregar peças em nossos
pais e colegas de escola. A própria mídia cria suas peças a serem
passadas em meio a notícias reais, como a Google Inc., que a cada ano
cria um produto maravilhoso e o anuncia na data citada.

Mas é interessante mesmo ver como as coisas mudam através do tempo e,
com elas, nosso comportamento. Percebo isso porque hoje, dia 2, me dei
conta da data de ontem. 24 horas atrasado pra uma data que, há 15 ou
20 anos, teria merecido 3 dias de preparação pra deixar as pessoas
loucas.