19 fevereiro, 2014

Mau humor, sono e o progresso da escrita

Não sei se nos damos conta de o quanto o mundo exterior e o nosso humor do momento influencia em nossa produção e produtividade, seja cultural ou do trabalho em si.

Nesse exato momento, o sono e a falta de ânimo não me permitem muita coisa. Por mais que, há dias, tenha meio enredo na cabeça, nem o resumo com início, meio e fim tenho conseguido escrever.

Aliás, pequenos e promissores resumos são o que mais tenho na cabeça. Eles aparecem, ganham uma espécie de "vida embrionária" no meu Evernote e lá mesmo ficam. Em coma, ou uma espécie de estado vegetativo, como se estivessem esperando para ver a luz do dia.

Às vezes, cansado do dia a dia ou até desanimado com a situação do mundo atual, tenho vontade de sacanear uma personagem, dificultar a vida dele(a) ou até detonar o fim da história. Afinal, quem disse que os finais tem de ser todos lindos e limpos? Por que o mocinho não pode morrer no final?

Ahn, lembrei. Porque as pessoas gostam, ou foram treinadas, para sempre gostar de que o bem vença o mal no fim de tudo. A esperança não é a última que morre, nós é que a ressuscitamos a cada minuto como forma de tornar partes da vida mais toleráveis ou possíveis.

A verdade é que estamos constantemente nos sabotando. Aquela oportunidade de emprego, aquele sucesso literário ou a simples promoção no emprego, muitas vezes, são jogadas no lixo porque resolvemos dormir "só mais 5 minutinhos". Hoje, nesse exato momento, é bem o que eu estou fazendo: estou aqui, divagando sobre processo criativo e influências externas em vez de tentar por o microconto novo pra andar.

Ao menos o blog volta a ter alguma coisa, não é?