24 julho, 2007

Um país em ruínas

Hoje é segunda feira, 6 dias depois do que foi apontado como o pior acidente da aviação civil brasileira em toda a sua história e a cada minuto, a coisa parece ficar pior em termos administrativos.

      Nestes últimos dias, vejo eu que a besta pôs a cara de fora: é presidente da república que leva uma eternidade pra se manifestar, é presidente da ANAC recebendo medalha por ótimos serviços prestados, é ministro falando que o caos aéreo tem a ver com a prosperidade recente da nação...

      Agora a última é que os pilotos de duas das maiores empresas aéreas em volume de operações do Brasil se recusam a posar na pista de Congonhas enquanto esta se demonstrar escorregadia. Mas se a pista não era segura para aterrissagem, por que se aguardou uma tragédia tal para este tipo de protesto? E por que não existem relatos de perigo?

      E não é só aí que a coisa está feia: temos as CPIs que continuam acabando em pizza, políticos do mais alto escalão sob investigação, estradas sem condições, transporte público jogado às traças, milhões gastos na organização superfaturada dos jogos pan-americanos...

      É mais que um país com pretensões reais de crescimento interno e externo pode suportar. É judiar de uma população já marcada pelas enormes diferenças sociais de meio milênio.

      Porém, não podemos descartar a culpa do próprio povo por ser feito de idiota, afinal, os próprios cidadãos acabam por ser coniventes com essa situação através do conformismo com a lei de Gérson.

      Aliás, pudemos ver a comoção de um estado inteiro pela morte de um político com a alcunha "Toninho Malvadeza", na última sexta-feira. Um povo assim, tem como cobrar algo de autoridades por conta própria, ou só como massa de manobra?

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