02 julho, 2007

Desvendando segredos: Tostines

Quem, como eu, é oriundo dos anos 80 deve se lembrar da clássica campanha das bolachas Tostines: "Tostines é fresquinho porque vende mais, ou vende mais porque é fresquinho?".
 
Pois bem: depois de tantas tentativas de ressuscitar a campanha nos anos 90 e o fatídico esquecimento do slogan pelas novas gerações, resolvi, movido pela carga de A-Ha que dei no meu celular, descrever aqui a minha explicação para as possibilidades abertas pela famigerada frase.
 
Opção A: Tostines é fresquinho porque vende mais.
Exatamente. Sob esta ótica, Tostines é fresquinho porque vende mais. Por que? Analise comigo: O primeiro carregamento de Tostines enviado aos mercados foi recebido com uma grande carga de ansiedade e curiosidade, devido ao marketing boca-a-boca gerado previamente pelos funcionários de fábrica. Assim, todo o primeiro lote foi vendido com muita rapidez, demandando logo uma nova remessa. Logo, se a venda se mantém assim, alta, a demanda por mais biscoitos é gerada e, consequentemente, Tostines é fresquinho porque vende mais. Quanto mais vende, mais a fabricante entrega e, devido ao hype, logo se esgota o produto.
 
Opção B: Tostines vende mais porque é fresquinho
Pois bem. Neste cenário, voltamos a trabalhar com a primeira carga dos biscoitos famosos. E sob este olhar, o primeiro carregamento dos biscoitos chegou aos mercados mais próximos da fábrica, para que os gastos com logística fossem reduzidos. Assim, chegaram fresquinhos e, como o povo adora uma novidade, logo foram comprando. E como estavam fresquinhos, novamente a propaganda boca-a-boca gerou a demanda por mais dos biscoitos, fazendo com que a produção e entrega das guloseimas fosse se tornando mais e mais frequente. Assim, Tostines vende mais porque é fresquinho, mesmo que, de fato, não seja: a propaganda se encarrega de conceder estas qualidades antes de, realmente, o consumidor as constatar.
 
Acho que passei uns 10 anos com essa explicação absurda na cabeça sem escrever e, agora, resolvi publicar aqui.
 
Dá pra acreditar?

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