12 fevereiro, 2007

Deftones - Via Funchal - 10/02/2007

Sábado foi o dia do show da banda californiana Deftones, em sua segunda vinda ao Brasil. Eu já tinha meu ingresso adquirido desde dezembro de 2006, a expectativa era enorme.
 
Cheguei ao Via Funchal às 20:00 e a fila contornava aproximadamente 1/3 do quarteirão da casa de shows, que não é muito grande (6.000 lugares). Muitos ambulantes vendendo as mais diversas bebidas e camisetas das mais diferentes, com o tema da banda que se apresentaria em duas horas.
 
Após 45 minutos de fila, os portões da casa foram liberados e, depois de entrarmos, a banda Adrem já estava no palco, pronta para o início do show de abertura.
 
Bom, o som estava péssimo. Baixo, mal mixado, mas a banda Adrem não tinha tanto carisma assim. Mesmo com um bom cover de "Loco", do Coal Chamber e um não tão bom assim de "Before I Forget", do Slipknot, a banda não empolgou o público, que aguardava a atração principal chamando por seu nome. As canções próprias, o pouco que se foi possível ouvir do fundo da casa, deixam a desejar.
 
Eu pessoalmente acho um desrespeito, principalmente quando, como ocorrido ontem, os espectadores lançam objetos conta a banda de abertura e chamam pelo show principal. Porém, todos têm sua liberdade de expressão garantida.
 
Ainda sobre o Adrem, passeam pela web boatos de que esta banda pagou à produtora Mondo Entretenimento para abrir o show. Isso não me soa muito inteligente, nem verídico, mas não poderia deixar de apontar estas afirmações.
 
Finalizado o show da banda de abertura, aproximadamente às 21:45, rapidamente o palco foi adaptado para a entrada da tão esperada banda principal, o Deftones. Dez minutos antes das 22:00, o DJ que acompanha a banda disparou uma sequência eletrônica acompanhada por uma evolução de luz que deixou a todos mais salivantes ainda pela apresentação que estava por vir.
 
Pouquíssimo depois das 22:00, a banda subiu ao palco liderada por Chino Moreno, com a canção "Korea" do álbum White Pony, tirando a todos do chão. Aproveitando a energia, quase sem intervalo algum, emendaram a especial "Feiticeira", que Chino afirma ter escrito inspirado pela modelo Joana Prado em suas épocas de TV.
 
Segundos de silêncio puseram todos embasbacados com a sequência de abertura, quando Carpenter anuncia com sua guitarra a celebradíssima Back To School. Daí, foi uma sequência de porrada atrás de porrada, totalizando ao menos 4 canções de cada um dos álbuns da banda, incluindo canções do primeiro CD, "Adrenaline", e do mais recente, "Saturday Night Wrist", todas cantadas pela platéia animadíssima.
 
Com uma iluminação de encher os olhos, o visual do show era marcante: muitas cores e uma troca de iluminação entre as músicas ajudava a criar o clima de cada uma das composições executada.
 
O ponto fraco ficou pela qualidade do som da casa, que não foi capaz de proporcionar uma mixagem adequada e fez com que alguns dos momentos fortes do som do Deftones, como a intro de "Back to School", "Korea" e "Change (In the house of flies)" acabasse por ficar um pouco mascarada no fundo da casa. Porém, nada que impedisse que o show fosse marcante.
 
Após a execução de 22 músicas, praticamente sem intervalos, a banda deixou o palco com Headup, e o público deixou a casa, embasbacado pela energia descarregada no palco.
 
Resumo: Um show pra marcar um fã.
 
 

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