13 outubro, 2011

Sacrovilania

É como se, poeticamente, fosse rogado a ele que tivesse esse anseio...
Mas desde sempre, presente dentro de sua essência, sentia que aquilo era necessário. Talvez, fosse aquilo que o motivasse a seguir em frente.
Tal qual um romance entre um ser etéreo e uma mortal, aquele cenário se pintava em sua vida. E ainda assim, antes, ele o vivera.
Nemesis, talvez. "Judith", ele sempre pensou.
Mas será que esse homem precisa disso? De onde vem essa analogia que ele sente, que o leva a crer que precisa dessa mistura de porto seguro e ruína, de fascínio e repulsa presente nessa sacrovilã relação?
A sensação de missão a cumprir escorrendo pelos dedos já tirou muito de seu sono. E ao mesmo tempo, já lhe deu muitos sonhos felizes.
Só que o tempo passou, muito aconteceu e ele mudou.

Pra onde irá agora.

Às vezes, só precisava ouvir "não é como se você tivesse matado alguém ou tivesse enfiado uma lança, cheia de ódio, em suas costelas".
Mas só o que ouvira, fora que a tinha feito mal, mesmo que as memórias ruins tivessem sido apagadas pela lembrança dos sorrisos e do suor de suas peles se unindo num só e escorrendo por seus corpos exaustos e, ao mesmo tempo, sedentos.


(#NowPlaying Judith/A Perfect Circle e Schism/A Perfect Circle)
P.S.: Post sujeito a mudar de título

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