28 dezembro, 2007

Festas de Fim de Ano

Deixa eu escrever um pouco sobre Natal e Reveillon, as tão esperadas festas do fim de todos os anos, que tanto rendem ao comércio e ao turismo mundial: odeio.

Sim, acho chato e explico: hipocrisia exacerbada, aquela mala que mal te deu bom dia no escritório o ano todo vem cheia de nove horas dizendo que te adora, que te deseja "tudo de bom", prosperidade e que o papai noel seja bem gordo...

PÁRA! PÁRA TUDO!

Primeiro: Papai noel é LENDA. LEN-DA! Coisa que inventaram pra ganhar dinheiro em cima de vocês, se não perceberam. E por que diabos o coitado tem que ser gordinho? Olha a analogia preconceituosa! (Sem contar o papo da rena do nariz vermelho...)
Fora o papo da neve nos trópicos... Ahn, não força a amizade!

Segundo: Ser bonzinho 1 dia no ano, depois de causar o ano todo, ignorar as injustiças sociais, desrespeitar todo mundo e ser um porco inveterado não vai te levar pro céu. Nem limpar a sua barra com o tal JC, se é isso que você espera.

Terceiro: E a parcela da população que não é cristã? Os budistas? Os hare krishnas? Judeus? A tevê e a mídia em geral bombardeia massivamente todo mundo com propaganda voltada pra uma maioria, sem respeito algum ao restante da população que, como todos, tem direito de ter uma crença religiosa e a manifestar. Mas imagina a tv passando algo como "Feliz Channukah" (é assim que escreve?) na época do feriado judeu? Ou alguma alusão às comemorações budistas? (conheço NADA. Cadê a Soninha?)

Pois é. Eu já não tenho esperança que mude... Deveria?

17 dezembro, 2007

Sobre reclamar sem agir

Eu não sei a razão, mas a demonstração explícita da mediocridade, da limitação do ser humano, me deixa prostituto da vida.
Sabe aquela pessoa que se esforça pra desempenhar única e exclusivamente o que a descrição da sua função aponta e vive dizendo "ahn, mas isso não é minha obrigação"? Pois é, esse tipinho me enerva.

Mas sabe o que é mais curioso? É a capacidade deste tipo de ser em reclamar que quer mudar de vida, que quer crescer... Mas vai crescer como, e para onde, se não é capaz de vencer as próprias limitações impostas pelo "horacismo" que pratica?

Eu sei que é péssimo, mas acabo por ter que classificar as pessoas em dois grupos: o das dispostas a mudar, e estas sim, vencem; e o daquelas fadadas à mesmice, a passar a vida reclamando e vivendo dum subemprego, sem nunca saber até onde poderiam chegar se tivessem, ao menos, tentado vencer.

E de certa forma, essas pessoas até que se poupam muita dor sendo assim. Mas por outro lado, também se poupam do aprendizado.

Ignorance is bliss...

13 dezembro, 2007

INRI Cristo cantando com o Led Zeppelin?


Gente, essa foto de Robert Plant está na capa do Whiplash, para divulgar as matérias sobre o show em Londres. Agora vai, me fala: Não parece o nosso famoso INRI Cristo, folclórico ser que proclama ser a encarnação de JC?

Desventuras linuxistas

Acabei de descolar uma pérola via Blue BusTux de Saia.
Uma série de matérias de uma leiga se aventurando pelo mundo Linux através do Ubuntu.
 
Parece bom, vou tentar acompanhar.

10 dezembro, 2007

Cinema? Blearght!

O que anda acontecendo com os últimos lançamentos do cinema? Ou será que sou eu que não ando dando sorte com as minhas escolhas na telona?
 
Recentemente, fui ver Jogos Mortais IV e digo que não foi lá grandes coisas. Tem sim, uma reviravolta diferente, reconheço. Mas não chega a ser algo maravilhoso, é só legal. =/
 
Depois, foi a vez de A Lenda de Beowulf, que é realmente chato. Chega a um momento em a empolgação de uma batalha acaba se tornando maçante. Nem o corpo escultural de Angelina Jolie, imitado à perfeição pela computação gráfica permite que o filme se salve.
 
E pra acabar, 30 dias de noite. Se bem que esse eu já entrei sabendo que não seria grandes coisas, terror de um tipo que eu não gosto. Aquele de sustos sequenciais...
 
Depois deste retrospecto do último mês, estou com medo de ir assistir a Bee Movie. Nem Jerry Seinfeld está me animando a correr novos riscos...

28 novembro, 2007

Aleister Crowley na telona pelas mãos de Dickinson!



Ao lado, o cartaz do filme "Chemical Wedding", sobre Aleister Crowley, por muitos tido como o papa do demônio e altamente influente no mundo do rock e heavy metal.

A parte interessante é que será escrito por Bruce Dickinson, sim, o vocalista do Iron Maiden e também de brilhante carreira solo.

Promete... Estou esperando... Mais detalhes, assim que eu souber.

TV Digital é LENDA!

Há algum tempo, escrevi sobre TV Digital, IBOPE e outras coisas, e nos comentários, apareceu alguém que não gostou nada do que eu disse.
 
Pois bem: hoje, lendo o Circuito Integrado, da Folha, me deparei com um artigo resumidíssimo, simples e direto, como eu acho que as coisas têm de ser, dizendo que a TV Digital é cara, burra e para poucos.
 
O artigo fala que o Ginga, o sistema de interação da TV digital, não ficou pronto. Assim teríamos que comprar um conversor hoje por R$520,00 e, em algum momento de 2008, teríamos de comprar um novo set top box, esse sim, com as capacidades prontas.
 
Resumo, na minha opinião: mais uma vez, tudo foi apressado e feito pela metade...

27 novembro, 2007

Construindo a auto-destruição

É interessante pensar em algumas coisas na vida e ver que os fenômenos comportamentais podem ter as raízes encontradas facilmente no exagero. Eu explico: todo mundo que lê esta porcaria sabe que eu ando ganhando algum peso nos últimos 5 anos. A idade chegando... Mas não desviemos do assunto. É lugar comum o comentário das pessoas apontando o meu sobrepeso, as piadas, as delicadezas, enfim, o acúmulo disso tudo acaba por me fazer pensar no que anda acontecendo.
No domingo, assistindo ao filme O Operário (The Machinist), vi um protagonista raquítico, tal qual um habitante de um campo de concentração nazista, medonho. Christian Bale, que interpreta o personagem Trevor Reznik, deve ter passado maus bocados pra chegar naquilo...
É claro que a minha intenção era só ilustrar o post com uma condição física de uma personagem, mas eu acho que são esses comentários que recebo, e que muitos recebem, aliados à constante pressão da mídia sobre as pessoas em função do culto ao corpo esbelto e perfeito que acaba levando a acidentes muitas vezes fatais. É o(a) jovem que, ouvindo essas asneiras, acaba por reduzir drasticamente as refeições ou simplesmente as eliminar ou pior, acaba por atingir estados bulímicos ou anoréxicos, só para satisfazer um padrão de beleza muitas vezes defendido por pessoas as quais não se encaixam nele.
É fácil apontar tudo isso, condenar essa cobrança, mas entender no que ela pesa, onde é que isso magoa uma pessoa, só quando se ouve alguns comenários e se tem contato com jovens, como eu, para ver como certos comentários podem ferir alguém.

Pra variar...

... eu não posto há algum tempo. Correria generalizada, compromissos, mas tudo logo se acerta.
 
Ainda nesta semana, posts novos.

06 novembro, 2007

Observações

É interessante observar o mundo que nos cerca e a forma com que o universo em que estamos inseridos afeta as pessoas.
 
Tem uma menina que trabalha comigo, nos seus trinta e poucos anos, que a cada link de matéria sobre a Madeleine McCann que eu mando, ela grita: "Ai, é notícia da minha fofinha?".
 
É curioso como o ser humano tem essa tendência a se relacionar com o caso de uma criança que aconteceu a distância tão grande, talvez pelo fato de ser uma criança tão bonitinha, com cara de propaganda de margarina.
 
Uso este exemplo depois de ver, ontem, Patch Adams esculachando os ricos com a frase: "...vocês sabiam que as duas pessoas mais ricas do mundo juntas têm mais dinheiro que as 48 nações mais pobres do planeta? Uma pessoa com tanto dinheiro assim e que não ajuda ninguém é lixo!" Ele usou mesmo o termo garbage, num discurso inflamado, apaixonado eu diria.
 
Mas o que uma coisa tem a ver com a outra? É o dizer que o povo brasileiro, em grande maioria, assiste à desgraça no mundo todo, chora com o protagonista da novela que morre, se comove com o desaparecimento misterioso de uma criança no velho continente, mas não arregaça as mangas para tentar fazer algo e mudar a realidade desse país.
 
Assim só posso achar que o brasileiro médio só se interessa por desgraça, reclamação e filas.

24 outubro, 2007

Seal

Ouvindo "Kiss from a rose", do Seal, ouço a frase:
 
"To me you´re like a growing addiction that I can´t deny
Won´t you tell me that it´s healthy baby..."
 
Vício não é ruim? Como pode um vício ser saudável?
 
[Fim do momento pentelho]

09 outubro, 2007

TV Digital no Brasil: preços, privacidade e o poder na mão de poucos

Acabo de ler na Folha Online a matéria " TV digital mudará maneira de medir ibope; telejornais podem perder pontos", de Diógenes Muniz, falando sobre a tão anunciada data de 8 de dezembro, dia da estréia da TV digital no Brasil.

            A matéria fala que, entre outras mudanças como qualidade de som e imagem, o formato de se medir a audiência muda, já que com o aparelho DIB6, desenvolvido pelo próprio IBOPE, se pode contabilizar exatamente o que as pessoas estão assistindo naquele exato momento, mesmo que seja uma parte da programação gravada em seu aparelho.

            Fica a pergunta: sendo assim, teremos um aparelho transmitindo para fora de nossos lares informações sobre nossa atividade diante da telinha? Com que tipo de identificação do dono desse televisor estas informações serão enviadas?

            E se eu simplesmente não quiser que alguém saiba o que eu estou assistindo? E se essa informação sair da minha casa com o número de série do meu aparelho de TV, vinculado ao meu nome no momento da compra?

            Além disso, tem o preço do tal "Set Top Box", um sintonizador e conversor para a TV digital: entre 200 e 800 reais. Não basta a TV capaz de exibir a programação digital em toda sua qualidade sair com um preço mínimo de 3000 reais, ainda seremos obrigados a adquirir um aparelho extra, que o governo disse inicialmente que custaria no máximo 100 reais, por este preço violento?

            Além disso, note na matéria a reclamação dos que hoje controlam esse merchandising abusivo que toma conta da televisão e a torna esse grande shopping: dizem que querem acabar com seu negócio.

            No fim das contas, teremos de desembolsar uma boa grana pra poder ver TV com qualidade nos próximos meses...

28 setembro, 2007

A coisa tá FEIA!

Pois é, meu povo! No link abaixo, uma reportagem do Diário do Grande ABC que fala de uma grande apreensão de drogas e do fechamento de uma refinaria de cocaína e maconha num bairo tido como nobre do grande ABC, o Nova Petrópolis.
 
 
Detalhe: Dá quase pra ver essa casa da janela do meu quarto, é algo como 60 metros de distância. É impressionante como a gente acha que está longe do mundo das drogas e ele está, na verdade, quase na casa do vizinho.

26 setembro, 2007

Finalmente alguma imagem!


A foto acima foi tirada por um amigo num museu inglês e retrata 3 estátuas egípcias, uma cultura que gosto muito. Achei que seria legal compartilhar algo que me agrada tanto aqui.
Posted by Picasa

25 setembro, 2007

Mais do mesmo – ou novos capítulos da novela cotidiana

Pra variar, fiquei um tempão sem postar aqui, e o pau quebrando no mundo afora. Falei de Mega Sena, prêmio milionário e olha no que deu: um coitado de um ajudante diz que o chefe fugiu com o prêmio de 27 milhões, já que tivemos 2 ganhadores e o mesmo for dividido. Falei do Bahamas, que acabou esquecido pela mídia recentemente com todas as falcatruas do caso Renan, da crise no meu Corinthians e até esse tempo hiper seco que tínhamos até domingo, quando uma tal frente fria apareceu e transformou a primavera em outono.

Tem ainda Madeleine McCann, pais que viraram suspeitos; Tem seleção feminina dando show no Mundial, teve meu aniversário... É, a vida não pára nunca, no máximo, nos faz sentir estáticos...

10 setembro, 2007

Novas interfaces computacionais: uma visão extrema e paranóica

Hoje ouvi no rádio a entrevista de um pesquisador brasileiro que falou um pouco sobre leitura de sinais mentais por meio de um computador, e da importância de tornar este processo não-invasivo para uma redução de custo de implementação, aumento de flexibilidade e segurança, entre outras coisas.

Estive pensando: muito bom, eliminamos teclado, mouse e qualquer outro dispositivo de controle da máquina. Claro, algumas observações:

- O processo de preparação dessa máquina, como por exemplo, a instalação de um sistema operacional, continuaria o mesmo? Ou essa nova interface revoluciona o como enxergamos os SOs ou teríamos nada mais que um conjunto mouse + teclado de luxo.

- Se temos uma monitoração de sinais mentais, o que garante que são monitorados e utilizados somente os sinais relacionados à operação da máquina? Quem pode nos certificar que não existe a possibilidade de, no meio destes sinais, ser capturado algum pensamento que a pessoa não quer realmente que seja passado ao mundo? Num ambiente corporativo, pensar mal do chefe enquanto se trabalha, só pensar, pode levar a consequências bem grandes.

- Ainda no tema da privacidade, podemos garantir que os sinais de pensamento, idéias, entre outras coisas, não podem ser gravados, numa clara ofensa à individualidade do ser humano?

Claro que essas são preocupações bem paranóicas, e infundadas ainda com o grau de desenvolvimento da ferramenta. Mas pode se tornar algo muito importante no futuro, tal qual a privacidade dos dados de um usuário que circulam na internet através da rede da empresa em que trabalha.

27 agosto, 2007

Uma batalha sem sangue

Ao alto, sobem os dois guerreiros, alheios à batalha que os cerca. Um deles armado do globo laranja e o ímpeto de atingir seu objetivo; o outro, vestido de sua coragem e toda a força para se tornar barreira ao primeiro.
Como se a metros do chão, já sem ouvir mais do que o pulsar de seu próprio coração, o embate final se aproxima - as expressões se reforçam, a rivalidade entre atacante e defensor se acirra.
Sem vacilo, o impetuoso atacante levanta sua arma para o golpe final, ignorando a aproximação do defensor pelo flanco desguardado pelo restante de sua tropa - quatro corajosos guerreiros, mas, por um momento, falhos.
E de repente, rompendo os limites das táticas de guerrilha defensiva, vem pelo flanco desprotegido o defensor que, de um só golpe, atinge o objeto defendido a tanto custo pelo atacante, lançando-o a multidão que assiste à batalha - deste vôo, aterrisa o primeiro gladiador, ainda atordoado pelo golpe; o segundo, esse aterrisa como um deus, se sentindo enorme, imbatível, vibrando como se o mundo se ajoelhasse a seus pés.
Ao fundo, se ouve os companheiros do segundo, a vibrar com ele, entoando com toda as suas forças:
- TOCO!

(Post inspirado pela leitura do Blog do Juca, a falar sobre Brasil X EUA pelo pré-olímpico de basquetebol)

24 agosto, 2007

O Fenômeno da Mega Sena

Bom, vamos falar sobre mega sena, afinal, o Inagaki falou e lá sempre dá Ibope, vamos ver se aparece gente aqui também, rs...

Sábado tem o sorteio das 6 dezenas multimilionárias, depois de 7 semanas acumulando o prêmio, a expetativa é grande. 40 milhões de reais pra quem acertar os seis números sozinho.

Interessante é como o povo deposita as esperanças de mudar a vida completamente pagando míseros R$ 1,50. A expectativa em torno do "dinheiro fácil" se torna quase comoção nacional. É só olhar a fila das lotéricas: na sexta feira, último dia das apostas, chega a dobrar a esquina. Parece até que transferiram a marcação das consultas do SUS pra lotérica da esquina.

Paro pra pensar o que eu faço se eu ganho uma bolada dessas. Imagina só, eu com 40 milhões no bolso, da noite pro dia?

Ahn, acho que começaria comprando uma casa, um carro mais legal, mas bem simples. Um Clio Hi-Flex 1.6 top de linha. Pequeno, discreto, mas ainda assim, fortinho.

Acho que ia me acabar numa loja de eletrônicos. TV, som, tudo top do top. Escolheria ainda uma bela câmera digital.

Fazendo as contas, pensando, vi que tudo o que quero agora dá pra ser resolvido com menos de 1 milhão. Então, se ganho 40, o que fazer com os outros 39?

Por isso falo: só 3 milhões já tá bom. O primeiro, gasto nas compras, ajeito a vida, e sobra. O segundo, viajar. O terceiro, investimento pra viver de renda. Aí tiro a vida pra estudar e fazer meu escotismo.

Interessante como o ser humano, quando se trata de dinheiro, não sabe querer só o suficiente. Tem que querer sempre mais... Por que não querer ganhar os 40, ficar com 5 e distribuir 35 entre instituições? Ou montar uma nova, aos moldes de um GRAAC por exemplo?

É a tal da ganância, né?

16 agosto, 2007

Vivendo do desperdício

Acabo de ouvir na BandNews FM que serão destruídas hoje 900 toneladas (é isso mesmo? ou tem mais zeros?) de produtos apreendidos pela Polícia Federal em blitzes e comandos. São itens como CDs, DVDs, cigarros, pneus, alimentos impróprios para consumo produto de contrabando ou venda ilegal.

Desse montante, 0% será doado para instituições. Ou seja, foi tomado de gente que acaba tirando o sustendo desta venda (não to defendendo a pirataria, calma) para simplesmente ser destruído.

Concordo que os CDs, DVDs, cigarros e alimentos não podem ser aproveitados, pela legalidade dos produtos e pela impossibilidade de consumo. Mas pneus, por exemplo, não dava pra vender a preços populares e usar a renda pra financiar programas de moradia popular, por exemplo? Ou usar para calçar os carros da polícia? E os CDs e DVDs, por que não reciclar, ou ainda, liberar como material para artistas modernos?

Já imagino a exposição "O Legal do Ilegal", composta por obras de arte produzidas em oficinas culturais espalhadas pelas periferias do estado, onde o material vem desses produtos apreendidos que seriam destruídos.

Um pouco de boa vontade resolveria muitos dos problemas que temos, mas dá tanto trabalho e pouco o que roubar, não é?

14 agosto, 2007

A "crise Bahamas"

A grande notícia na mídia é a crise do Bahamas: todos os dias tem uma novidade. A última é que prenderam o Oscar Maroni, dono da boite, num flat em Moema/SP. E o que é mais interessante: o cara diz que vai se candidatar a prefeito de São Paulo.

Eu queria era manifestar aqui que eu acho essa situação, no mínimo, cômica. Pois é! O cara não sabe manter a língua dentro da boca, foi soltar que facilita a "prostituição de luxo" pra algum jornalista. Po, era da informação, não ia demorar pra isso cair na boca do povo.

Aí, deu no que deu: embargaram a construção do hotel de não-sei-quantos-milhões de dólares, lacraram o Bahamas (acabando com a diversão de muita gente e o ganha pão de muitas outras), e por fim, puseram o homem em cana. Aliás, horas após a lacração, ele distribuiu pizza pra quem passasse na frente da casa, em uma clara alusão aos processos de apuração e punição nas CPIs do governo brasileiro.

O que eu tenho que admitir é que esse Maroni tem um sarcasmo fortíssimo, mas não sabe manter a língua dentro da boca. E é justamente por aí que o peixe morre, não é?

O que eu acho que vai acontecer? Ele vai descolar algum Habeas Corpus, não com muita facilidade, já que ele andou pisando em alguns calos, e em alguns meses, o hotel vai estar inaugurado e bombando.

Posso estar errado, mas se estiver, logo poderemos conferir consultando ao post...

13 agosto, 2007

Conclusões gerais

No fim de semana, finalmente consegui uma brechinha pra uma música nova. Dust in the wind, do Kansas, foi a escolhida. Precisava estudar um dedilhado, não?
 
Aqui embaixo, a letra, pequena, mas direta ao ponto. Ahn sim, a adaptação ao português é minha.

Dust in Wind/ Kansas

(Pó ao vento)

 

I close my eyes, only for a moment, and the moment's gone

Eu fecho meus olhos, só por um momento, e o momento se foi
All my dreams, pass before my eyes, a curiosity

Todos os meus sonhos, passam ante a meus olhos, uma curiosidade

Dust in the wind, all they are is dust in the wind.

Pó ao vento, tudo o que são é pó ao vento

Same old song, just a drop of water in an endless sea

A mesma velha canção, somente uma gota d'água num mar sem fim

All we do, crumbles to the ground, though we refuse to see

Tudo o que fazemos, rui ao chão, embora nos recusemos a ver

 

Dust in the wind, all we are is dust in the wind

Pó ao vento, tudo o que somos é pó ao vento

 

[Now] Don't hang on, nothing lasts forever but the earth and sky

[Agora] Não se prenda, nada dura para sempre a não ser o céu e a terra

It slips away, and all your money won't another minute buy

Ela se esvai, e nem todo o seu dinheiro pode outro minuto comprar

 

Dust in the wind, all we are is dust in the wind

Pó ao vento, tudo o que somos é pó ao vento

Dust in the wind, everything is dust in the wind.

Pó ao vento, tudo é pó ao vento

09 agosto, 2007

Dormente...

Às vezes, parece que a gente para e a vida continua. Parece que somos retirados de um trem em movimento, tal qual aquelas gruas de parque de diversão que sacam os bichinhos de pelúcia daquele conforto quase dionisíaco da máquina de prêmios, rumo a um destino incerto.
 
A diferença é que ficamos suspensos no ar, isolados do mundo corrente por nós mesmos, como consequência de atitudes ou decorrência de fatos e interações.
 
É curioso como, diante destes fatos, acabo encontrando algo pra imergir. A escolha da vez foi o Diário de um PM, o blog de um membro da PM carioca, que eu não visitava há algum tempo. É curioso ver os fatos sob a ótica de alguém ligado tão intimamente com a violência, com opiniões pertinentes somente a quem é tangenciado por tantas atrocidades como um PM.
 
Mais curioso é ver que, depois de alguns minutos de leitura e de virtual tranquilidade, a minha mente volta a ser assaltada pela dormência da qual ela sofria no início da aventura pelo tal diário.
 
E o rádio plugado em meus ouvidos parece mudo, a música já não fala tão alto. As quase 450 músicas do MP3 já não tem a mesma força, com exceção das depressivas "Sober" e "Schism" da banda Tool, que parecem me levar à autodestruição de que preciso para renascer, tal qual a fênix que sempre idealizei em momentos como esse, quando precisava de alguma refazenda.
 
Chego então à conclusão de que as minhas escolhas devem estar certas. Só preciso da força pra lutar por elas, em pleno início de inferno astral.
 
Alea jacta est.

03 agosto, 2007

Morte ou perda da personalidade?

Estava num devaneio avançado pensando nessa coisa de morte física, de desencarne, ou seja lá qual for o termo, quando cheguei a uma conclusão simples: o medo em geral não é de morrer em si, mas sim, de deixar de ser quem é.

É isso mesmo. Depois de tanto tempo de trabalho, estudo e muitas experiências - boas ou ruins - a morte colocaria em tudo isso um fim. Imagina só, você estuda anos e anos, se torna um advogado de respeito, conhece tanta gente boa, tantas experiências a serem lembradas e, de repente, tudo isso é apagado de você, afinal, a sua hora chegou, adieu!

Claro, essa teoria só vale pra quem acredita em reencarnação, ou seja, não estamos aqui neste plano pela primeira vez muito menos pela última.

Mas agora, escrevendo isso, me ocorreu: se aquela coisa de regressão a vidas passadas existe, significa então que existe algum tipo de base de dados onde tudo fica guardado pra um possível aproveitamento futuro. Mas qual seria? Seríamos nós seres em estágio tão baixo de evolução que não conseguimos acessar tais informações por nós mesmos? Ou seria a regressão a vidas passadas mero marketing?

Mas voltando ao medo de morrer, seríamos nós vítimas de um apagão, um "deltree *.* -h /s" por parte do Barba, JC e seus comparsas celestiais? Realmente, se isso for verdade, toda a questão de evolução espiritual defendida pelo Espiritismo se tornaria obsoleta. E olha que eu tenho sérias tendências a acreditar nessa doutrina!

Continuando o devaneio, será que um desencarnado, ao reencarnar, surtaria ao ler a autobiografia ou a biografia de sua antiga personalidade? Ou será que simplesmente pararia de ler no começo, por causa da sensação de déja-vu?

31 julho, 2007

Me liga!

No mínimo esquisito isso: acabo de receber um SMS da operadora de telefonia celular da qual sou cliente fazendo propaganda do serviço "Me liga". Já começa por aí, odeio propaganda. Principalmente quando interrompe a música que eu estou ouvindo.
Como se isso não bastasse, o serviço oferecido é o que se chama de "desculpa esfarrapada" para sair de alguma conversa: você manda um SMS para o número apontado na mensagem e recebe, logo em seguida, uma chamada com uma gravação, pelo valor de 95 centavos.
Acho isso até inteligente, uma boa forma de explorar as pessoas que não sabem fugir dos chatos por aí. Mas também vejo aí um incentivo a certos momentos de hipocrisia e falsidade da sociedade brasileira. Se for ver bem, não precisamos mais saber lidar com as pessoas, basta usar esse artifício de fuga e pronto, aquela pessoa com quem você não queria encontrar aparece e você já tem como fugir.

24 julho, 2007

Um país em ruínas

Hoje é segunda feira, 6 dias depois do que foi apontado como o pior acidente da aviação civil brasileira em toda a sua história e a cada minuto, a coisa parece ficar pior em termos administrativos.

      Nestes últimos dias, vejo eu que a besta pôs a cara de fora: é presidente da república que leva uma eternidade pra se manifestar, é presidente da ANAC recebendo medalha por ótimos serviços prestados, é ministro falando que o caos aéreo tem a ver com a prosperidade recente da nação...

      Agora a última é que os pilotos de duas das maiores empresas aéreas em volume de operações do Brasil se recusam a posar na pista de Congonhas enquanto esta se demonstrar escorregadia. Mas se a pista não era segura para aterrissagem, por que se aguardou uma tragédia tal para este tipo de protesto? E por que não existem relatos de perigo?

      E não é só aí que a coisa está feia: temos as CPIs que continuam acabando em pizza, políticos do mais alto escalão sob investigação, estradas sem condições, transporte público jogado às traças, milhões gastos na organização superfaturada dos jogos pan-americanos...

      É mais que um país com pretensões reais de crescimento interno e externo pode suportar. É judiar de uma população já marcada pelas enormes diferenças sociais de meio milênio.

      Porém, não podemos descartar a culpa do próprio povo por ser feito de idiota, afinal, os próprios cidadãos acabam por ser coniventes com essa situação através do conformismo com a lei de Gérson.

      Aliás, pudemos ver a comoção de um estado inteiro pela morte de um político com a alcunha "Toninho Malvadeza", na última sexta-feira. Um povo assim, tem como cobrar algo de autoridades por conta própria, ou só como massa de manobra?

06 julho, 2007

Peças soltas

Bom, véspera de acampamento. Muita coisa passa pela cabeça, mas em um determinado momento, a euforia da coisa toma conta da gente...

Outra, não sei por que motivo, mas acabei encantado pela letra de "Solsbury Hill", do Collins. Vale a leitura, uma boa viajada.

Reflexão na volta do almoço: você descobre que está ficando velho, ou maduro, quando descobre que seus ídolos de ontem também são passíveis de erro e falam sérias besteiras. Vide Sr. Ziraldo, Sr. Jô Soares e outros que eu acabei vendo humanos nos últimos tempos.

Agora, até depois do acampamento. Ainda bem que isso não é podcast, vou voltar sem voz alguma!

05 julho, 2007

A coisa tá BRAVA, meu povo!

Pessoal, andei lendo os noticiários da vida via Internet e digo: a coisa tá FEIA.
 
Não que tudo tenha ficado mais violento, mas acho que nessa última semana a coisa apertou. Estamos sendo tirados de palhaços por todos os lados!
 
Comecemos pelo Ziraldo, que solta a linda pérola de que a Internet seria o antro do débil mental. Uma infeliz colocação, que gerou barulho demais em cima da declaração de um cara que deveria ser super responsável pelo que fala, pelo tanto que já contribuiu e contribui para a literatura desse país.
 
Continuemos pelo que chamam de seleção brasileira, que está jogando tanto quanto o time lá do bairro. Ou melhor: tá jogando menos e pensando que consegue bater o São Bernardo Futebol Clube. É inadmissível gente ganhar aquela exorbitância pra jogar futebol e ainda jogar tão mal.
 
Vamos indo, e encontramos essa ZONA do Renan Calheiros, que diz que não "arreda o pé" do cargo. Caramba, esse governo tá mais sujo que pau de galinheiro em dia de diarréia galinácea.
 
Junta com o incompetente do motorista do fretado não ter me deixado no suposto ponto final hoje de manhã e um velhinho cegueta quase ter me atropelado 5:55 da madrugada, na faixa de pedestres e NA CONTRA MÃO.
 
E to pegando gripe.
 
Bah, puro mau-humor.

03 julho, 2007

Videogame rouba tempo da leitura

Diz o Bluebus que o videogame rouba tempo da leitura e dos estudos, de acordo com uma pesquisa estadunidense.
 
Eu até teria lido a matéria, mas tá difícil passar dessa fase e é meu ultimo continue!

02 julho, 2007

Desvendando segredos: Tostines

Quem, como eu, é oriundo dos anos 80 deve se lembrar da clássica campanha das bolachas Tostines: "Tostines é fresquinho porque vende mais, ou vende mais porque é fresquinho?".
 
Pois bem: depois de tantas tentativas de ressuscitar a campanha nos anos 90 e o fatídico esquecimento do slogan pelas novas gerações, resolvi, movido pela carga de A-Ha que dei no meu celular, descrever aqui a minha explicação para as possibilidades abertas pela famigerada frase.
 
Opção A: Tostines é fresquinho porque vende mais.
Exatamente. Sob esta ótica, Tostines é fresquinho porque vende mais. Por que? Analise comigo: O primeiro carregamento de Tostines enviado aos mercados foi recebido com uma grande carga de ansiedade e curiosidade, devido ao marketing boca-a-boca gerado previamente pelos funcionários de fábrica. Assim, todo o primeiro lote foi vendido com muita rapidez, demandando logo uma nova remessa. Logo, se a venda se mantém assim, alta, a demanda por mais biscoitos é gerada e, consequentemente, Tostines é fresquinho porque vende mais. Quanto mais vende, mais a fabricante entrega e, devido ao hype, logo se esgota o produto.
 
Opção B: Tostines vende mais porque é fresquinho
Pois bem. Neste cenário, voltamos a trabalhar com a primeira carga dos biscoitos famosos. E sob este olhar, o primeiro carregamento dos biscoitos chegou aos mercados mais próximos da fábrica, para que os gastos com logística fossem reduzidos. Assim, chegaram fresquinhos e, como o povo adora uma novidade, logo foram comprando. E como estavam fresquinhos, novamente a propaganda boca-a-boca gerou a demanda por mais dos biscoitos, fazendo com que a produção e entrega das guloseimas fosse se tornando mais e mais frequente. Assim, Tostines vende mais porque é fresquinho, mesmo que, de fato, não seja: a propaganda se encarrega de conceder estas qualidades antes de, realmente, o consumidor as constatar.
 
Acho que passei uns 10 anos com essa explicação absurda na cabeça sem escrever e, agora, resolvi publicar aqui.
 
Dá pra acreditar?

13 junho, 2007

Até designer eu conheço!

Povo, pra quem gosta de exclusividade, recomendo dar um pulo no MARIMDESIGNER, onde vocês podem encontrar bolsas esclusivas e de quebra, se encherem o saco da designer, acho que conseguem dar palpite pra algo completamente único.
 
Bora passar lá!

12 junho, 2007

Percepções tardias

Depois de anos vendo desenhos animados mal-dublados, hoje, aos quase 27 anos, eu me dei conta de uma das maiores atrocidades da dublagem e como a gente acaba incorporando essa porcaria nas nossas vidas.
 
Quem não se lembra do desenho do Tom & Jerry em que eles são mosqueteiros? Pois bem, quem notou que, em algumas dublagens, os personagens sacam da espada e dizem: "Hangar!".
 
É isso mesmo, dizem hangar, ou angar, como preferir, porque é o som que importa. A expressão em francês "En Guarde" (é assim mesmo?) acabou com o mesmo som da palavra brasileira para garagem de aviões, o hangar.
 
Será que isso é considerado um Virundum?

11 junho, 2007

Parar de fumar?

Bom, preenchendo os hiatos com algo útil, achei o Blog da Redação, do Diário do Grande ABC, que vai acompanhar 4 de seus jornalistas numa empreitada com a intenção de parar de fumar usando o apoio do Hospital Mário Covas, de Santo André.
 
Eles terão acompanhamento médico e psicológico, e vão retratar as experiências e resultados no blog, diariamente.
 
Acho que vale dar uma olhada, vou tentar acompanhar.
 

05 junho, 2007

Notebook de 600 reais?

Lendo o MeioBit, o que faço todo o santo dia, achei essa matéria que aponta a Intel como uma fabricante antenada na evolução das necessidades de mobilidade.
 
Foi demonstrado um notebook de 7", com destaque para os 512MB de RAM e todos os recursos possíveis de um bom notebook atual, mas com armazenamento flash e essa portabilidade absurda toda.
 
Por que isso está aqui? Fácil: isso só aumenta as minhas esperanças de que, com a queda do dólar e toda essa evolução rumo à mobilidade e desempenho, eu finalmente possa comprar um notebook pra mim.
 
(Nota perdida: enquanto escrevia isso, ouvi no rádio o gol da virada da Argélia pra cima da Argentina... Tá tudo bom!)

01 junho, 2007

Globalização musical

Estou ouvindo o Pânico agora no rádio, hoje com o Seu Jorge como convidado.
 
Estava ouvindo o cara falar do CD novo, que vai sair a 18 rauls por ser todo independente. Ótimo, eu não compro CD mais por causa dos preços altíssimos e do advento da internet. Por 18 conto, depois de ouvir no rádio a música "América do Norte", eu compro sim. Coisa bem Seu Jorge mesmo, baixo bem delineado, muito bom.
 
Interessante também ouvir o cara falar que aprendeu a tocar violão depois de ter morado na rua e ser acolhido por uma trupe de teatro. Isso tudo, depois de ter o irmão chacinado e, curiosamente, ter seu ingresso no meio musical no dia do enterro do mesmo.
 
É muito bom ver que um cara que tinha tudo pra ser um revoltado contra a vida encontrou a música e as artes cênicas e tá arrebentando por aí.
 
Mas por que o título do post é esse? Alguém se lembra do "Steve Zissou's Life Aquatic"? Sim, participação do cara atuando e na trilha também, na época ele gravou 2 versões: "Astronauta de Mármore", que é uma versão de "Starman" do camaleão David Bowie e também uma versão pra "Rebel, Rebel", também do camaleão, com letra adaptada em português. Só não sei de quem são as versões.
 
Legal ver um cara de raiz de samba que acabou descobrindo a MPB mais adiante e ainda passeia pelo rock classudo de Bowie com tanta competência.
 
Agora, vou ter de ouvir o cd do cara todo, pô!
 
Em tempo: o www.seujorge.com e o site de seu selo independente, o www.javalivalente.com, não abriram aqui. O primeiro, reclama que não tenho autorização para vê-lo enquanto o segundo, está em construção.

30 maio, 2007

Colcha de Retalhos

Às vezes, as coisas parecem sem uma ordem específica, meio upside down. Tentamos sempre ter um palpite sobre o que pode acontecer, mas o que queremos mesmo são palavras de um futuro bom.

A vida vem e vai nos levando, mas só você sabe bem o que eu estou dizendo. Essa minha vontade enorme de mimar você, de sair gritando por aí sou dela... Mas você sabe que isso é só porque vejo flores em você, minha doce criança.

Quero muito estar com você... Não te esquece disso, porque a noite pertence aos amantes...


(Post público-particular)

28 maio, 2007

O mundo embaçado através de meus olhos

Há algumas semanas, acho que umas duas, eu estou enxergando as coisas meio embaçadas.
 
Sim, embaçadas. Como se olhasse pro mundo através do vidro do ônibus, embaçado pelo calor de dentro em choque com o frio lá de fora, trazido pela chuva constante da capital paulista.
 
É interessante ver como o brilho de todas as lâmpadas, faróis, luzes, tudo se difunde. Ainda mais com a distância, que torna tudo como se fossem estrelas cegantes...
 
Eu sei que é pura imprudência e irresponsabilidade minha, mas acho que tem até algum romantismo nisso tudo... Não sei bem explicar.
 
Só sei que i incômodo chegou ao limite, hoje, vou ao médico.

22 maio, 2007

3a feira, o dia mais xoxo

Motivado por uma piada, estava analisando esta terça-feira chuvosa na cidade de São Paulo. A chuva, vista através da janela, é implacável, até aeroporto já fechou.

Mas esse post não é sobre uma terça-feira específica, mas sobre todas elas. Sobre a instituição terça-feira. Pensa comigo: terças-feias são os dias mais insossos da semana. Eu explico já, e com exemplos.

Sabe, na segunda-feira, você levanta meio revoltado, puto com a vida, pensando que o domingo poderia não ter acabado, amaldiçoando o fim daquele ócio todo... Às quartas-feiras, você já tem até um piquezinho pra dizer que a semana já está entrando em sua segunda metade...

Na quinta, tudo já toma um rumo mais otimista: a sexta-feira está quase ali, virando a esquina. E ainda tem sempre a oportunidade de um choppinho depois do expediente.

Sexta-feira, nem preciso falar né? É uma comemoração quase como se celebrássemos um mandado de soltura, uma libertação rumo ao mais puro ócio e diversão do final de semana.

Mas e a terça? Dá pra falar algo dela?
 
Da terça-feira, nada.

Acho até que a terça-feira, esse dia malvado e sem cor, tem exatamente este propósito: frear os ritmos das reclamações das pessoas, ou justamente o contário, completar as reservas dos mais revoltados vocábulos nas afiadas línguas populares para que elas tenham com que se entreter até que cheguem os outros dias, já com suas características definidas, ou o fim de semana seja capaz de apagar toda essa revolta gerada por essa subvivência urbana nossa de cada dia metropolitano.

 Acaba, terça-feira! Logo!

 

(Post mau-humor total, mas com alguma construção interessante...)

17 maio, 2007

Cegos, sujos mas ainda vivos

Na noite de ontem, terminei, depois de uns belos 2 meses, de ler "O Ensaio sobre a cegueira", de José Saramago . Difícil é comentar a porrada.
 
Um livro de linguagem simples, estilo peculiar e nenhuma papa na língua pra descrever as coisas mais escabrosas que podem se suceder a uma população de cegos imersos numa "treva banca", surgida do nada e, aparentemente, contagiosa.
 
A cada capítulo, quando se pensa que a situação já estava no fundo do poço, o autor consegue descer mais um pouco na escala do drama vivido pelos personagens que se mantém sem nome por toda a trama.
 
Patentes, luxos, comodidades, de tudo são despidas as pessoas, nudez de onde surgem as verdadeiras personalidades e comportamentos.
 
Um livro com riqueza de detalhes, uma beleza absurda e profundos golpes contra a pequenez do ser humano e suas limitações, se faz de leitura obrigatória a quem gosta de um bom livro e tem um estômago tão forte quanto a imaginação.
 
Link pro Submarino? É eu devia ter mandado pro Buscapé. Mas bom, fiquei com preguiça. Peguem no site do Submarino o ISBN e vão ao Buscapé, melhor.

14 maio, 2007

Sabadão contra o frio

Mais uma segunda brava se inicia, desta vez com algum sentido de ter usado o fim de semana pra algo bom: No sábado foi realizada a Campanha do Agasalho 2007, este ano, através de uma parceria entre Prefeitura de São Bernardo do Campo e o Movimento Escoteiro.
 
Meu grupo ficou encarregado de uma fatia da cidade, principalmente dos bairros ao redor de nossa sede. Contando que nossas equipes de coleta eram de crianças entre 11 e 17 anos, era um trabalho bem difícil de ser executado. Porém, não impossível.
 
Éramos aproximadamente 25 pessoas andando pelo bairro fazendo a coleta, além de mais ou menos mais 10 fazendo o trabalho de separação e contagem, para o envio correto à prefeitura. Ainda bem que fomos abençoados com um tempo ensolarado, ao contrário das constantes chuvas e tempo fechado que ocorreram nos dias anteriores ao evento.
 
Pois bem: passamos o dia todo, das 8:30 da manhã às 16:00 na arrecadação e, depois de toda essa andança, fomos ao Pavilhão Vera Cruz finalizar a pesagem e separação das roupas, de onde seguimos para o Distrito Escoteiro de São Bernardo do Campo para a separação e carregamento das peruas que levariam a comida para as entidades assistenciais da região. Este último trabalho foi até as 22:00.
 
Ótima experiência, tudo feito com muita alegria e disposição, muitas fotos, que podem acabar parando por aqui. Quem sabe?
 
E você? Já viu o frio que faz lá fora? Se lembra daquela blusa que não te serve mais, ou já não está na moda? E aquela calça que já não abotoa, depois do almoço do dia das mães?
 
Doe a quem precisa, faça o inverno que alguém um pouco menos frio, na pele e no coração.
 
 

11 maio, 2007

Sexta!

Finalmente, hoje é SEXTA-FEIRA!
 
O cansaço já se demonstra nas palavras, nas olheiras, na lentidão dos reflexos...
 
Mas apesar de tudo isso, a gente quer mais é que chegue a hora da balada, pra acabar com as reservas de energia e nos jogar na cama no domingo, em pleno dia das mães!
 
E que venha o fim de semana!

10 maio, 2007

Cartum delivery?

Povo!

Imaginem a minha surpresa hoje pela manhã ao ver a notificação de um comentário de um cara chamado Bira Dantas num post antigo (Misturando tudo ...) de 28 Fevereiro.
 
O mais legal é quem é esse cara: o post fala sobre adaptações para quadrinhos de obras clássicas da literatura, e ele é o cartunista responsável pelo "Memórias de um sargento de milícias".
 
Legal ver o retorno que a internet dá, a possibilidade de unir produtor e consumidor de arte e estreitar a comunicação entre as pessoas.
 
Aqui, uma página da adaptação que o Bira está fazendo, direto de seu fotolog. Vale conferir, tem muito material no site dele.
 
Abraço Bira, ótimo trabalho!

 

09 maio, 2007

Coisas da mãe da gente...

Pois bem, dia das mães chegando e eu, como não podia deixar de ser,
resolvi escrever alguma cretinice sobre isso.

Fico vendo as manias da minha mãe em casa. É só eu ameaçar sair de
casa, e lá tá a velhota: "- Filho, tá frio. Pegou blusa?".

Ela sabe, de cor e salteado, que eu tenho a minha mochila no carro com
blusa e tudo mais que preciso pra não me dar mal. A resposta é sempre
a mesma: "- Tá no carro, mãe!". Adianta? rs...

Mesma coisa é com comida: não dá pra deixar o filhote sair de casa sem
comer. Mesmo que eu esteja saindo pra jantar, tem sempre a pergunta:
"- Comeu, filho?".

Mas o que seria da gente sem a mãe assim, no pé, o tempo todo
perguntando e tentando cuidar dos filhinhos que já não são mais bebês?

Minha mãe passa o tempo todo me dando bronca. Porque minhas coisas
estão zoneadas, fora de lugar, ou meu carro é que está sujo, ou ainda,
porque eu chego tarde em casa (ou cedo, depende do referencial...).

Acho que a verdade é que não seríamos nada do que somos hoje sem essas
pentelhações maternas. Temos mesmo é que agradecer...

Mas mãe, só um pouquinho, alivia a minha barra, vai? Deixa minha zona
em paz! rs...

(Post dedicado a todas as mães que possam vir a passar por aqui. Feliz
dia das Mães!)

07 maio, 2007

Virada virou tumulto

Vendo um pouquinho de tv ontem enquanto jantava, vi que a virada cultural acabou virando tumulto durante o show dos Racionais (o nome não combina com o fato...), em um dos vários palcos montados para o evento.
 
O Fantástico deu que o tumulto começou por causa da tentativa por parte de alguns espectadores em subir nas sacadas da região para acompanhar o show. Disse também que a polícia pediu para que descessem, mas não foi atendida, gerando assim as ações violentas contra os presentes no local.
 
O que me enoja é ver o comportamento do brasileiro nesse tipo de evento: um mega show gratuito, pra todos os gostos, e as pessoas não sabem aproveitar sem causar arruaça. Até carro queimado teve.
 
Não estou justificando o comportamento da polícia, sei que a coisa não pode ser na base da porrada sempre. Mas muitas vezes, acaba sendo impossível conter um tumulto de tal ordem sem algum tipo de demonstração de força.
 
Fora que, lendo o Blog da Soninha hoje, os relatos dela em relação ao lixo jogado no chão e ao mal uso das vias como latrinas acabaram por ter me deixado feliz por ter desistido de ir à Virada.
 
Quem sabe um dia a coisa fica boa aqui, né? Falta só o povo se educar...

04 maio, 2007

Bloqueio mental

Pois é, semana curta e de um belo bloqueio mental.
 
Não estou aqui pra escrever nada reclamando hoje, queria algo mais criativo... Assim, melhor ficar quietinho. Vou tentar tirar algumas fotos boas no fim de semana pra por ali do lado, no Flickr.
 
Um pouquinho de criatividade e inspiração não doeriam agora...

02 maio, 2007

E o Azulão vem vindo!

No post "O Hype no Futebol", eu falava justamente do São Caetano, que estava em vias de se classificar para as semifinais do Paulistão/07.
 
Pois bem. Não só foi às semifinais, como enfiou 4 no time dos bambis, e mais 2 no todo poderoso Santos no primeiro jogo da final.
 
No que isso mudou minha vida? Nada, mas eu bem me divirto em ver os tais elencos milionários perderem para estes times de pouca tradição no futebol.
 
E dá-lhe azulão!

Voltei!

POVO!
 
Volto hoje à ativa, depois de 15 dias de conjuntivite, sem conseguir olhar pro monitor tempo suficiente pra escrever algo.
 
Em breve teremos mil visitas e novos posts!

17 abril, 2007

Tá faltando notícia

Pra variar, fui ler o Terra esta manhã, só pra saber dos principais assuntos e rir um pouco com as manchetes esdrúxulas. E não é que eu encontro uma manchete em vermelho, falado do casal do big brother almoçando juntos na casa dos pais de um deles?

Sabe, nessas horas eu não sei se fico achando ridícula a manchete, ou se fico perplexo com a futilidade do povo brasileiro que dá atenção pra tamanha futilidade.

Depois ninguém sabe por que esse país é o que é!

13 abril, 2007

Sexta-feira 13, superstições à toda?

Isso mesmo, hoje é a tal famosíssima data mais odiada, ou adorada, não sei, pelos supersticiosos: a tenebrosa sexta-feira 13!
 
Eu pensei agora em por aqui o motivo de temor por esse dia tão comum, mas não estou com ânimo pra fuçar na grande rede.
 
De qualquer forma, os maiores absurdos saem da toca hoje, quando aquela superstiçãozinha que as pessoas têm se demonstram em seus atos. Vale tudo, desde santinho na carteira, carro benzido, até evitar passar embaixo de escadarias, cores, uma infinidade de coisas.
 
O mais curioso, pra não dizer triste, foi um programa de TV que veiculou ontem uma entrevista com uma "sensitiva" que recomendou em cadeia nacional que as pessoas se livrassem dos gatos pretos, especialmente os de olhos amarelos, pois estes são objetos de magia negra.
 
Agora, me digam: o tadinho do bichinho tem algo a ver com a superstição da mulher? E a responsabilidade de dizer isso no ar, pra uma população como a nossa que, muitas vezes, acaba por não ter um grande discernimento das coisas e age impulsionada pelas palavras "daquela mulher que estava na televisão".
 
É a tal cultura que reza que se uma pessoa está num programa de TV, ela deve saber do que está falando, deve ser importante...

12 abril, 2007

A dinâmica da nominação

Já perceberam que, conforme vamos conhecendo e nos tornando íntimos de uma pessoa, o nome pelo qual a chamamos tende a diminuir?

É, perceba isso. O nome, ou até mesmo o apelido, vai sendo mutilado, até a menor porção possível ser tudo o que resta.

Por exemplo, tenho um amigo, o Fernando. O Fernando, por ser muito querido por muitos, ganhou vários apelidos, entre eles, Ferdis. Já temos aí uma severa diminuição de seu nome para a formação deste apelido.

À partir daí, o próximo corte vitimou o S. Coitada da sibilante letra, que passou a ser ignorada e o meu amigo, passou a ser o Ferdi.

Mas como cito, não fora o bastante vitimar, além do resto que já havia sido cortado, o pobre S. Agora, de Fernando, ele passou a Fê. Por que? Oras, porque sim. Simplesmente isso, simplesmente as coisas correram pra esse lado.

Aí, chega uma hora, que você tem uma intimidade tal com a pessoa, que acaba falando com ela sem a chamar pelo nome. Acho que isso é o máximo da destruição de um presente que tomou um bom tempo dos pais da criança para esta escolha meticulosa e delicada.

Mas acho que é um ciclo inevitável, pois, no fim das contas, temos sempre um motivo pra chamar os "Fe"s de nossas vidas pelo nome todo, aquele nome inventado, cheio de Silvas, Oliveiras, Pontes, e outros sobrenomes roubados de algum jornal esquecido na mesinha de café.

11 abril, 2007

Massacre inglês

Todos aqui sabem que eu não sou muito fã de futebol, mas ontem estava bobeando na TV e vi o Manchester enfiar 7x1 no Roma, pela Copa dos Campeões, depois de levar 2x1 na Itália.
 
Sinceramente, eu não via um massacre tal há MUITO tempo. Passes precisos, finalizações certeiras e o Doni não vendo nem a cor da bola.

09 abril, 2007

X-men tupiniquim e el Señor Ricardo Queso

Segunda feira, dia de boas recomendações e constatação da lei de Lavoisier na mídia.
 
Começamos pela lei do francês: fuçando pelo Terra, encontrei uma matéria sobre a nova novela da Record , que eu me esqueci do nome. Leia a matéria e constate: o que é dito pelo autor como "inspiração" é, na verdade, o original e a novela, a cópia. A premissa toda dos mutantes, o fato de alguns desconhecerem e não aceitarem seus poderes, é puro X-Men. Os tais mutantes "do mal" também estão nos gibis, os "normais" que querem acabar com os mutantes... Está tudo lá, de acordo com a matéria.
 
Agora a recomendação: Richard Cheese. O cara é hilário, fazendo releituras naquele estilo jazz de cassino para as mais diversas músicas: Creep, do Radiohead, Crazy Train, do Ozzy Osbourne, e a mais inusitada, People = Shit, do Slipknot.
 
Onde achar isso? E-mule, Limewire, não sei. Ganhei um CD com os sons do cara.

05 abril, 2007

O "hype" no futebol

Nos últimos anos, eu chutaria uns 10 ou 12, o esporte brasileiro passou por vários "hypes", aqueles fenômenos de aceitação que a mídia acabou induzindo e incentivando.

Lembro da época em que as seleções de vôlei começaram a ganhar de tudo, aí o povão foi atrás do vôlei. Tinha até gente que dizia que ia substituir o futebol na preferência nacional.

Depois, foi a vez do Guga, e a proliferação em massa das escolinhas de tênis pelo Brasil. Teve um menorzinho, com o Gustavo Borges e a natação.

Mas os mais "curiosos" foram os do futebol: numa era em que o esporte bretão no Brasil mostrou mais ainda os sujos bastidores financeiros, o mercenarismo tomou conta dos jogadores e as torcidas tiveram sua violência e intolerância destacadas, alguns times acabaram por conquistar fãs muito longe de suas origens e entre outros clubes.

É o caso de um "hype" famoso em SP: o São Caetano, time que há alguns anos era inexpressivo, hoje figura entre os 6 mais do campeonato paulista, tido como um dos mais fortes do país. No ABC, região de origem do time, muitos corinthianos, palmeirenses, santistas e torcedores dos mais diferentes times passaram a andar por aí com a camisa do "Azulão", como o time é conhecido. Bonita camisa, por sinal.

É como se fosse um segundo time de todas as torcidas: aquela coisa de se torcer pra um time pensando que ele não tem força pra chegar lá, como se torce para um time da segunda divisão ou o time do bairro, se tornou comum entre muitas pessoas.

Hoje, o São Caetano é exemplo de vitória e perseverança, tendo chances reais de conquistar o campeonato paulista.

Outro "hype" famoso, mas menos duradouro que o do São Caetano é o do Paysandu: há alguns anos, o "Papão da Curuzu" (eu posso com um apelido desses?) estava bem no campeonato brasileiro, levando muita gente a assistir seus jogos e comprar as camisas aqui no sudeste.

Mas as vitórias do time celeste nordestino acabaram por não ser tão constantes, e a equipe perdeu um pouco de seu charme e o tal "hype" morreu.

Estamos no final dos campeonatos estaduais de todo o Brasil, logo teremos o campeonato brasileiro, cheio de surpresas e a possibilidade de novos "hypes". Alguém arrisca dizer qual será o time da vez?

Descobri como eu vou morrer...

Pois é, descobri como eu vou morrer. Vai ser de infarto ou algum ataque fulminante decorrido de stress. E stress causado por gente burra, daquelas com preguiça de pensar, sabe?
 
Acho que mais do que gente folgada, que não respeita os direitos dos outros, esse pessoal com preguiça mental me irrita a um ponto além do que eu posso controlar.
 
O mais esquisito vai ser eu, com esse tamanho todo, sendo carregado por alguém pra um pronto socorro, na esperança de ser salvo. Ou ainda, minha família tendo que comprar um caixão pra mim, acho que vai ter de ser especial, rs...
 
Bom, não sei o que eu faço com essa minha vontade de mandar gente medíocre às favas, isso vai acabar sendo maior que eu e eu vou acabar no olho da rua.
 
Preciso realmente de algum lazer, ô inferno!

03 abril, 2007

Pra uma amiga, uma metáfora musical

INCUBUS

"A Certain Shade Of Green"
Um certo tom de verde

A certain shade of green,
Um certo tom de verde
tell me, is that what you need?
Me diz, é isso que você precisa?
All signs around say move ahead.
Todas as placas ao redor dizem siga
Could someone please explain to me your ever present lack of speed?
Alguém poderia me explicar por favor sua sempre presente falta de velocidade?
Are your muscles bound by ropes?
Estão seus músculos presos por cordas?
Or do crutches cloud your day?
Ou muletas anuviam seu dia?
My sources say the road is clear,
Minhas fontes dizem que a pista está livre,
and street signs point the way.
E placas apontam o caminho.

Are you gonna stand around till 2012 A.D.?
Você vai ficar aí parado até 2012 D.C.?
What are you waiting for,
O que você está esperando
A certain shade of green?
Um certo tom de verde?
I think I grew a gray watching you procrastinate.
Eu acho que nasceu um cabelo branco em mim te vendo procrastinar
What are you waiting for,
O que você está esperando
A certain shade of green?
Um certo tom de verde?

Would a written invitation
Um convite por escrito
signed, "Choose now or lose it all,"
assinado, "Escolha agora ou perca tudo"
sedate your hesitation?
sedaria sua hesitação?
Or inflame and make you stall?
Ou inflamaria e te faria encalhar?
You've been raised in limitation,
Você foi criado em limitação,
but that glove never fit quite right.
Mas essa luva nunca serve muito bem
The time has passed for hand-me-downs,
O tempo de pedir ajuda passou
choose a new, please evolve,
Escolha um novo, por favor evolua,
take flight
Decole

What are you waiting for?
O que você está esperando?
A written invitation?
Um convite por escrito?
A public declaration?
Uma declaração pública?
A private consolation?
Uma consolo privado?

Caminhos da vida

Não é interessante como a vida da gente muda, como muitos planos
acabam se chocando com coisas que acabamos por escolher?

Eu acabo de perceber, além disso, que eu nunca fiz planos a longo
prazo quando criança ou adolescente. Claro, eu tinha muitos sonhos,
alguns já realizados, outros ainda sonhados e ainda outros que se
foram, mas planos como o de ter uma casa assim ou assada não eram bem
meu foco.

Eu me lembro de querer ter um carro, quando tinha lá meus 15 anos.
Achava que seria bem mais livre com um carro.

Me lembro também de nunca ter realmente planejado um casamento. Não
tinha essa ilusão de que eu seria exatamente como todos achavam que eu
deveria ser.

Acho que isso encaixa bem com o que minha vida está se tornando, com
os caminhos que eu trilho hoje. Como ouvi ontem, e enxergo em mim
também, sou um espírito livre. Não é me prendendo a convenções e
coisas pequenas que eu vou ser feliz. Mas reconheço que pode ser
difícil, algumas vezes, tentar explicar o que é isso pro resto do
mundo.

02 abril, 2007

Mentira!

Dois de Abril. Acho que percebemos que o tempo passa e os valores
mudam depois de uma "efeméride" como a de ontem, o famigerado primeiro
de abril, conhecido mundialmente como dia da mentira.

Quando crianças, dedicamos o dia primeiro a pregar peças em nossos
pais e colegas de escola. A própria mídia cria suas peças a serem
passadas em meio a notícias reais, como a Google Inc., que a cada ano
cria um produto maravilhoso e o anuncia na data citada.

Mas é interessante mesmo ver como as coisas mudam através do tempo e,
com elas, nosso comportamento. Percebo isso porque hoje, dia 2, me dei
conta da data de ontem. 24 horas atrasado pra uma data que, há 15 ou
20 anos, teria merecido 3 dias de preparação pra deixar as pessoas
loucas.

29 março, 2007

Sonhos fugintes

Estava perdido pelas minhas leituras, como sempre, e acabei encontrando o blog da Suzi Hong, lá no Interney. Como boa blogueira que é, apesar do pouco tempo disponível, ela se dedica a responder com carinho os comentários de seus posts, e foi assim que começamos um diálogo.

Seu mais recente post foi sobre um sonho, influenciado pela leitura de quadrinhos do Wolverine. E ela acabou por me responder perguntando dos meus sonhos.

Eu sempre tenho os meus sonhos malucos. Me lembro de quando tinha uns 6 ou 7 anos de idade, depois de uma ida à Cidade das Crianças - um parque de diversões em São Bernardo do Campo, que era o que a minha família podia pagar em tempos de explosão do Playcenter - passei uma boa semana sonhando com um vampiro, a la Turma da Mônica, que saía detrás de sua capa. Mas tudo isso, debaixo do tobogã por onde descia o carrinho do Splash, um brinquedo do famigerado parque.

Me recordo também das inúmeras vezes que acordei no meio de um sonho, que tinha a total sensação de ser verdade. Cansei de acordar falando, gritando, até chorando. Sempre tive a imaginação meio fértil, sabe?

O que acho estranho, mas até explicável, é que, ultimamente, tenho tido sérios problemas pra lembrar de meus sonhos. Acordo com a nítida sensação de recordar da história toda, pronto pra transformar aquilo no mais louco post que vocês já viram. De repente, me dou conta que simplesmente esqueci. A sensação de estranheza fica, mas o que a causou, se esvai como os segundos passam.

Neste exato momento, estou tentando lembrar um sonho meio maluco que tive essa semana. E é exatamente como disse: me lembro de acordar na manhã de segunda-feira como ele todinho na cabeça. Agora, só me resta a sensação de que ocorrera comigo algo esquisitíssimo, mas nada de lembrar dos detalhes...

28 março, 2007

A Casa dos Sonhos

Bom, navegando na blogosfera como sempre, achei um post no Marmota falando sobre dever posts, Douglas Adams e talz. Pois é, lá o André dala de um meme, mas achei muito comprido o que rola lá (uma série de coisas dos sonhos).

Então resolvi fazer aqui a minha Casa dos Sonhos, como ele tem lá na sério de coisas dos sonhos dele.

Então comecemos do começo, né? Minha casa dos Sonhos tem que ter uma garagem legal na frente, grande pra caber uns 2 carros, um jardim e que dê pra soltar o Rex de vez em quando. Aliás, quer falar da hipótese de ter um cachorro, que melhor nome virtual que Rex? O top do genérico!

Nos fundos, um espaço suficiente pra ter uma quadra e uma piscina. Mas coisa fina, não aquelas banheiras de motel adaptadas pra via outdoor não. Ahn, e árvores. Sim, pra fazer balanço, pra dar fruta, pra tudo.

Não pode faltar churrasqueira e um daqueles mesões de parque, que eu pretendo fazer com vigas de madeira e amarras.

Vamos entrar, pessoal? Repara a bagunça não...

Na sala - sala ampla, mas não muito grande - dois sofás daqueles que abraçam a gente, de canto, com uma parede de vidro pra ver o sol nascer depois das madrugadas de filme. Já emenda num corredor grande, de acesso pros 3 quartos (1 suíte, fina a coisa). Três grandes quartos, 1 pra mim, um pra poder tocar algo, e outro pra possíveis rebentos ou convidados, ainda não decidi.

Cozinha grande, tudo bonito, já que ainda vou aprender a cozinhar como gente.

Falta algo? Ahn, falta você fazer a sua casa dos sonhos e postar aqui o link, nos comentários. Assim a gente transforma isso numa correntona!

27 março, 2007

Presentes...

Por quê a gente gosta de presentear as pessoas? O que tem naquela reação de surpresa, aquele sorriso, que a gente gosta tanto?

Me pego pensando nisso toda vez que eu dedico algum tempo na escolha de um presente, quando consigo imprimir um significado a algo que dou a alguém que seja importante.

Aliás, acho que é isso que me agrada, é essa coisa de por tanto significado num presente que ele acaba se tornando especial pra mim, às vezes, mais do que pra quem recebe.

E isso me satisfaz, por um sorriso no rosto de outra pessoa através de uma simples atitude.

Sou eu anormal?

23 março, 2007

A entrega ao abismo

Amar, nada mais é, que se entregar a um abismo.
Sim, pois quando amamos, é como se sob nossos pés passasse uma rachadura, que tal qual uma falha geológica profunda, causa tremores e abalos, levando o chão a ruir. E em meio a essas ruínas, somos lançados nesse profundo vazio no que antes era uma existência firme.

Na veradade, todo esse tremor é bom. É bom quando decidimos nos entregar, pois amar nada mais é que, ao sentir o abismo se abrir, mergulhar de cabeça na magnitude de suas possibilidades.
É acreditar que, em determinado ponto, nossa vil existência desprovida de asas passará a ter o poder de voar e fluir pelos ares, no exato momento em que somos correspondidos nesse amor, antes solitário.

A nós cabe a escolha, sim, de nos entregar ao abismo ou nos agarrar às bordas, com medo da queda não ser amparada pelo vôo da correspondência.

Esse medo, esse eu não tenho mais. Pois o vôo é doce demais pra arriscar ser perdido assim.

Da calvície em progresso

Neste exato momento, bem na minha frente, tem um homem conversando com alguém que parece ser seu subordinado, com um ar de bom humor, coisa que já observei nessa pessoa. Um bom humor na forma de falar, parece querer conquistar a confiança das pessoas que o cercam.

Mas não é bem isso que me chama a atenção na cena. Esse homem, vamos camá-lo de chefe, se veste como se fosse um rapaz de seus vinte-e-poucos anos e tem uma avançada calvície que salta aos olhos.

O mais intrigante da coisa toda é o comportamento dele em relação a essa calvície: a rala franja que sobrou, combinada com os fios fartos da lateral da cabeça, é ungida cuidadosamente de gel para formar um topete, cheio de marra.

Ele foi embora agora, mas me peguei pensando nessa questão da calvície em processo, a tão temida queda de cabelos que acaba com a confiança de muitos homens.

É interessante ver como alguns homens reagem. Muitos, conformados com o fatal destino que a genética reservara a eles, simplesmente raspa o cabelo bem rente, seja com aquelas maquininhas especiais ou de navalha mesmo. Outros, se agarram com toda a força que podem aos fios restantes.

Preste atenção quando andar pela rua: tem ainda os homens que, no intuito de esconderem o couro cabeludo à mostra, deixam crescer o cabelo à lateral de sua cabeça para que este seja penteado pra cima do cocoruto. É o tal chamado "combover" dos estadunidenses, um fenômeno tão comum lá fora que até um documentário tem falando dele (o Cinemax exibiu no Brasil).

Tem também aqueles que, como será comigo, começam a perder o cabelo como se fossem frades franciscanos, e o círculo formado se expande, acabando com fios e penugens, conforme o tempo passa.

Destino cruel esse... A vaidade do homem se mostra muito com essa questão da calvície, o desespero por manter as madeixas no lugar acaba, como vemos nas ruas, levando a medidas desesperadoras.

Alguns recorrem a perucas, implantes, todo a sorte de cremes e tônicos. Até remédios baseados em hormônios existem, mas dizem que esses cuida da cabeça de cima e derruba a de baixo.

Concluo, depois de analisar tanta coisa que vejo por aí, que o melhor é aceitar esse cruel destino, recorrendo claro à medicina séria, do que arriscar passar de um careca simpático a motivo de chacota por aparecer com uma peruca no dia seguinte, com aqueles tufos esquisitos de implante ou ainda, mais cruel, ser conhecido por "seis e meia" pela mulherada.

A Teoria das Cores - será que vemos igual?

Há algum tempo, eu diria mais ou menos uns 10 ou 12 anos, que eu discuto com amigos meus uma teoria sobre as cores, acho que isso tem até a ver com semiótica, não sei.
 
Bom, como somos muito criativos, essa teoria ficou conhecida como "Teoria das cores".
 
Mas no que consiste isso? Vou explicar:
 
A Teoria das Cores fala sobre a percepção do ser humano sobre o mundo, e acho que podemos até tirar alguma lição sobre a importância que tem, na sociedade moderna, a padronização de nomes.
 
Começa tudo com o nascimento do indivíduo. Depois de conhecer o mundo com seus olhos, conforme vai absorvendo conhecimento, ele vai aprendendo com seus pais a andar, a comer sozinho e a falar, associando nomes a objetos e pessoas, além de atribuir qualidades às pessoas e coisas.
 
E são nestas qualidades que residem as cores, atributos estes tão importantes no desenvolvimento de uma criança, já que é fator de distinção entre objetos, pessoas, comidas, tudo.
 
Imagine só que você está nessa fase de desenvolvimento, aprendendo nomes e tudo mais, mas com uma capacidade de discernimento bem maior que a de uma criança.
 
Seus pais, na melhor das intenções, começam a te ensinar os nomes das cores, entre elas, te apontam uma bola e dizem que ela é vermelha.
 
Por circunstâncias da vida, foi assim que eles aprenderam que o nome da cor deste brinquedo era vermelho. Mas e se por algum motivo, você está vendo este objeto de outra cor?
 
Digamos que, por algum motivo ignorado, você vê a bola apontada pelos seus pais na cor amarela, mas como não conhece cores, aceita o nome "vermelho" para a cor que vê.
 
Assim, de acordo com essa teoria, as pessoas enxergam o mundo cada uma de seu jeito, com suas próprias cores. Porém, por uma convenção estabelecida há muito tempo, o nome destas cores ficou registrado na memória das pessoas e foi passado adiante, até que chegássemos ao que temos hoje.
 
Assim, de certa forma, poderíamos explicar o motivo pelo qual algumas pessoas acham que o vermelho e verde combinam e outras não: elas não estão vendo as mesmas cores, mas sim, cores com mesmos nomes.

22 março, 2007

Manchetes catastróficas - quem duvidava?

Desde que me entendo por gente eu ouço previsões catastróficas sobre o futuro do planeta terra, sobre as tantas consequências de nossos atos se não mudássemos de hábito urgentemente.

Pois bem: não mudamos nada, surgiu o Protocolo de Kyoto, apareceu a besta do Bush pra não topar, continuamos desmatando, poluindo e nos matando cada vez mais. Deu no que deu.

O que é um pouco diferente do que esperávamos é que as notícias das mudanças climáticas aparecem em meio a tantas outras e isso acaba por diminuir o impacto destas informações.

Assim, continuamos a cada dia mantendo nosso comportamento destrutivo em relação ao planeta.

Acho que nós blogueiros deveríamos aproveitar a abrangência que temos pra tentar ajudar nessa causa. Afinal, se a coisa continuar assim, não teremos mais outra estação no ano que não o verão, pra dar um exemplo bem porco.

Vamos lá, um esforcinho pequeno de nossa parte, somado com o do vizinho, já melhora muito!

Amizades vêm de onde? (1)

Pra variar, andanças mil pelos blogs e jornais online de manhã, antes do batente. Cheguei ao post "Filosofia Barata" do  blog da Rosana Hermann, jornalista das antigas, acho que bloga desde que o mundo dos blogs é mundo.

O post, em um certo tom de humor característico dela, diz o seguinte:

"O ser humano gosta tanto de quem elogia seus ídolos quanto de quem critica seus desafetos. Algumas amizades são fundamentadas em inimigos comuns."

Primeiro que eu concordo com a frase, realmente o ser humano age desta forma. Agora pergunto: não é assim que os relacionamentos de amizade entre as pessoas começa?

Quero dizer, não falando mal ou elogiando alguém necessariamente, mas através de interesses comuns, revelados por alguns comentários ou até algumas atitudes que geram simpatia numa outra pessoa.

Não acho que amizades devem ser fundamentadas nisso, afinal, opiniões mudam, e o "inimigo" de hoje pode ser o "aliado" de amanhã, e vice versa. Mas que realmente acaba influenciando, ahn sim, influencia.

Aproveita que leu isso e vai ler o blog dela, se ainda não conhece! E se conhece, volta lá que ela tá falando de tudo que é assunto legal dentro de acontecimentos recentes.

21 março, 2007

A importância do material

Estava pensando na importância das coisas materiais pras pessoas, em como essas coisas influenciam nossas vidas.

Me lembro de ter lido que os religiosos normalmente praticam o desprendimento do materialismo através da abdicação da propriedade não essencial à sua via.

Hoje, depois de observar alguns fatos e refletir sobre eles, vi que, em algumas vezes, se desprender do material se torna mais fácil para camadas sociais com um poder aquisitivo maior.

Como? Explico: as camadas mais pobres acabam vivendo com menos dinheiro, e cada centavo pra essas pessoas acaba contando. Logo, qualquer perda material acaba sendo supervalorizada, enquanto pra quem tem um poder aquisitivo maior, uma perda financeira, em determinadas esferas, pode ser bem menos significativa.

Esse comportamento, a meu ver, pode acabar por demonstrar uma característica básica do que gera os pequenos crimes, como roubos e assaltos a indivíduos: a vontade de ter algo que sua condição social não permite.

Um pouco melhor analisado, isso acaba gerando um círculo vicioso, eu entendo bem isso. Mas é algo a se discutir, não?

20 março, 2007

Dica pra cinemaníacos do dia

Entre neste site.
 
Entrou? Agora procure por "flux" e veja o último item da lista de resultados.
 
Tem memória boa pra filmes dos anos 80?
 
Bom, pra quem não entendeu, procura no ImDb por "delorean"...
 
Ahn, dica do Erick.

Notícias Populares

Lendo o noticiário via web ontem e hoje, vi as mais diferentes manchetes. Por exemplo, uma que apontava para uma árvore que havia caído sobre um carro. Na Letônia!
 
Eu entendo que isso tem a sua importância, digo, saber sobre o que anda acontecendo no mundo. Mas será que se notícias ruins como essa, que nenhuma atitude nossa aqui no brasil pode mudar o destino do dono daquele carro, fossem retiradas das manchetes, não teríamos mais atenção do povo pro que realmente importa?
 
Muitas vezes me parece que o povo tem a sua atenção, que já é pouca, desviada de assuntos que realmente podem fazer alguma diferença na nossa realidade.

16 março, 2007

Comentários... Onde eles estão?

Pessoal, por que vocês não comentam nada aqui?
 
Vamos lá, digam o que pensam, é disso que um blog vive!
 
O pessoal D'Além Mar que andou por aqui pelo Google.pt, falem de vocês, como anda a vida na Europa, o que vocês acham do Brasil... Falem do que quiser!
 
E deixem o endereço dos seus blogs aqui, vai ser bem legal essa interação intercontinental.
 
E brazucas, não me deixem só! (Vide post do Collor logo abaixo, rs...) Sei que tem gente aparecendo aqui e me deixando falando sozinho. Me ajudem, né?

Grau colado!

Ontem foi a minha Colação de Grau no C.A. Aramaçan, em Santo André.
 
Pois é, o marco final da faculdade, muito estudo - tá, nem tanto - esforços concentrados em um objetivo... Afinal, chega! E se tiver que entrar em cana, pelo menos agora é cela especial! (puta pensamento medíocre)
 
A verdade é que foram anos de grande crescimento e profundo conhecimento pessoal, muita independência e, ao mesmo tempo, muito trabalho em equipe.
 
Tanta coisa pra ser lembrada e esquecida, tantas metas cumpridas, tantas falhas, tantos novos sonhos... Realmente, a cada ano que passa, eu me sinto crescendo mais, olho pra trás e penso que não podia ter sido melhor. E no ano seguinte, apesar dos percalços, as coisas melhoram, apesar das dificuldades.
 
Acho que o truque é que eu tenho aprendido muito com meus erros e as dificuldades. E disso, tenho tirado sempre algo pra me fazer melhor a cada momento.
 
Eu poderia agradecer a tantas pessoas, mas citar nomes tornaria tudo banal. Você, que sabe da sua importância nessa jornada pela faculdade, que estudou comigo, que esteve do meu lado (não tudo ao mesmo tempo, necessariamente), obrigado.
 
E logo tem pós, ou mestrado, vamos ver.

15 março, 2007

Blindness

Recebi este link por e-mail do Erick, falando sobre a adaptação para o cinema de "O ensaio sobre a cegueira", de José Saramago.
 
Especial, pra mim, esse filme estar em desenvolvimento: estou gostando bastante da história (ainda estou lendo, 11 anos atrasado), lendo o livro que ganhei do Erick mesmo, irmão o cara.
 
Vai ser dirigido pelo Fernando Meirelles, tão festejado cineasta brasileiro, e, de acordo com a notícia, pode ter Daniel Craig envolvido como ator principal.
 
Só achei meio estranho um cara assim, bombadinho, todo James Bond, pra esse filme. Afinal, eu sempre imaginei o oftalmologista do livro como um senhor de seus quarenta e poucos anos, talvez meio gordinho, mas a típica pessoa que te inspira conifança (pelo menos até onde li no livro).
 
Será mesmo que ele vai fazer o papel do doutor? Fiquei apreensivo agora, mas vamos ver... Aliás, Julianne Moore, que já foi Clarice Starling (Hello, Clarice!), contracenará com ele. Tomara que a coisa seja realmente bem adaptada.
 
 

Crise de identidade

Acabei de ler sobre uma família de porcos que adotou um filhote de tigre, em algum canto do mundo, sei lá, não importa.
 
Vocês imaginam o que não está passando na cabeça do pobre felino? Ele deve ver os "pais" e achar estranho ver as patinhas dele de outra cor.
 
Eu penso nas perguntas dele, se assim pudesse fazer: Mamãe, mamãe, por que eu estou crescendo assim, tão rápido? Mamãe, por que eu to com vontade de comer os meus irmãozinhos? (GASTRONÔMICAMENTE, seus pervertidos!)
 
Sei lá, deve dar um nó na cabeça do bichinho. Mas eu ainda acho que os pais vão acabar na pança dele!

Abertas as apostas

Pra variar, o Terra dando o assunto do dia: O Collor analisando seu desempenho de governo, admitindo os erros.
 
Alguém aposta que ele tente a presidência novamente? E digo mais: bobear, ele ganha. O Maluf não foi eleito?

14 março, 2007

O Horacismo na cultura brasileira

Discutindo por e-mail com o Erick, do Garkptoj, acabamos chegando a algumas conclusões relacionadas a alguns rumos desse país.

Tangendo o nosso papo, fatos como a falta de vontade de mudar de algumas pessoas e a falta de coragem pra arriscar de outras, entre outras coisas.

Acabei de reler o último post daqui do Blog do Gigante e o último do Garkptoj, um falando sobre ensino e o outro, sobre as condições de trabalho na capital federal, respectivamente, e resolvi falar sobre um conceito que acabamos traçando em nossa troca de e-mails, o do Horacismo.

Horacismo é essa deficiência da qual padecem muitos brasileiros que faz com que eles, ao invés de quererem algo mais da vida, simplesmente aceitem o que lhes é entregue pelo destino.

Inspirado no personagem Horácio, o pequeno e simpático dinossauro das histórias de Maurício de Souza, o termo tenta mostrar exatamente isso: como a personagem dos gibis, essas pessoas se comportam como se tivessem braços curtos demais pra arregaçar as mangas e trabalhar por sua felicidade e sucesso.

Mesma coisa é a constante reclamação dos moradores de grandes cidades, como São Paulo, por causa de enchentes, por exemplo. Parafraseando o Erick em seu e-mail, "o mesmo indivíduo que joga o papel na rua é o que reclama da limpeza que a prefeitura deveria fazer e das enchentes que acontecem".

E eu concordo plenamente com ele: é mais fácil reclamar, sofrer de um horacismo agudo, que simplesmente mudar um hábito medíocre como esse, de jogar lixo na rua.

Outra coisa que vejo contribuir para essa enorme epidemia de horacismo é a cultura arraigada no comportamento das gerações das camadas mais pobres da população, o chamado "se Deus quiser".

Porque é assim que o povo se comporta: acontece uma tragédia, é porque "Deus quis assim", acontece algo bom, foi "benção de Deus". Não teria sido fruto de atitudes, consequência de atos prévios?

Afinal, um barraco só rola, por exemplo, se tiver sido construído numa área inadequada. E, antes de ele simplesmente ruir, existem sinais de desgaste prévio que precisam ser vistos.

Compreendo perfeitamente que temos problemas com distribuição de renda, de espaço urbano e tudo mais. Mas enquanto o brasileiro não se livrar desse pensamento de fazer as coisas "do jeito que dá", com o intuito de economizar, seja financeiramente ou intelectualmente, as coisas irão sempre de mal a pior.

Barracos rolarão, governos deitarão e rolarão, presidentes genocidas visitarão o país e fecharão ruas... Enquanto o povo, esse que deveria se esforçar pra crescer, vai continuar esperando que Deus, o presidente, o prefeito ou até mesmo o vizinho, tome uma atitude que o livre das consequências do horacismo.

Não viveremos pra ver a mudança desta cultura de uma forma global. Mas cabe a nós fazer a nossa parte, mudar nosso comportamento, pra que o horacismo não nos atinja. Nunca!

12 março, 2007

O dia nasce feliz, mesmo assim?

Fui ontem ver o documentário "Pro dia nascer feliz", no Espaço Unibanco. O filme trata das diferenças e igualdades presentes no ensino público e privado no nosso imenso país, acompanhando alguns jovens em suas escolas.
 
Rodado num período de aproximadamente um ano e meio, o filme mostra situações tristes, como as condições precárias de uma escola no interior de um estado nordestino, mas nos mostra a situação próxima de escolas no tal "eixo rico" do país, como São Paulo e Rio de Janeiro. Além disso, mostra a realidade das pessoas envolvidas, a violência e outros fatores externos que influenciam no processo de formação dessas pessoas.
 
É triste ver uma estudante que tem como principal passatempo escrever poesias, ler, entre outros autores, Carlos Drummond de Andrade e Manoel Bandeira, não receber créditos pelo seu trabalho. Mas durante a projeção, quando se acha que se chegou ao fundo do poço com esta injustiça, vemos o mundo das drogas e do crime atingindo os alunos e, para completar, um conselho de classe de uma escola em Duque de Caxias/RJ, enquanto o aluno carioca acompanhado pela equipe do filme é aprovado, mesmo sem ter condição alguma para tal, só para que não se sinta desmotivado e acabe desistindo de estudar.
 
Em paralelo, temos um colégio de classe alta em São Paulo, onde alunas tensas por terem de fazer exames finais, aguardam o veredito do conselho de classe. O Colégio Santa Cruz, onde foi filmada esta parte do documentário, não permitiu a filmagem do conselho. É curioso como, durante uma entrevista a equipe, uma das meninas tem uma crise de auto-estima e acaba por desmoronar em frente às câmeras.
 
Depois de assistir a este filme, eu que estudei em escola pública e vi muitos dos meus colegas de classe irem a conselho e serem aprovados, me pergunto: como diabos eu consegui chegar e passar pela faculdade?
 
Fui tratado por muitos professores como se eles fossem responsáveis pelo meu sucesso acadêmico e ontem, discutindo o filme com uma professora, vi mais uma vez que somos responsáveis por nós mesmos, através de toda a vida acadêmica.
 
Fica só a pergunta: até onde eu poderia ter ido com um ensino melhor? E se comigo é assim, e com esses tantos outros alunos que passam por escolas assim, com ensino depredado?

09 março, 2007

A passagem da vida...

Sabe, me dei conta hoje que este é o vigésimo-sétimo ano que passo aqui, neste planeta.
 
Muita coisa já aconteceu desde que estou aqui: foram muitas conquistas, muitas decepções, muitas alegrias e, principalmente, muitas mudanças ao longo do tempo.
 
Interessante como eu me sinto mudado pela vida e pelo que aconteceu nela, me sinto muito mais forte, mais maduro. Parece que eu conquistei muita coisa dentro de mim, cresci.
 
Ao mesmo tempo, é impressionante como essa maturidade, esse crescimento todo, parecem ser somente uma parte do que eu tenho a absorver e administrar aqui. É como se fossem pré-requisitos pro dia de amanhã, que só irá me trazer mais pré-requisitos pros próximos dias.
 
E assim me sinto evoluindo, em constante atualização. Mudanças diárias, às vezes, até mais frequentes que isso.
 
Só acho que precisava registrar que estou feliz com isso. Com a minha capacidade analítica que tem crescido, com o meu poder de resistência às adversidades do caminho, mas consciente de que esses são só pequenos passos que precisam ser aumentados no decorrer deste longo caminho chamado existência.
 
E você? Já pensou nisso?
 
Tem cara de letra de música isso... Quem sabe um dia, uma inspiração...

08 março, 2007

O dia de hoje sob os olhos do Gigante

Então que hoje é dia 08/03, Dia Internacional da Mulher. Ouvi no rádio hoje de manhã, vindo trabalhar, o locutor dizendo algo como "parabéns pelas suas conquistas, que infelizmente não foram tantas". Porra, como assim? Infeliz o coitado, no mínimo.
 
Mas pra mim, o caso é que esse papo de dia da mulher não devia existir. Por que? (é agora que vai ter uma par de babaca que já vai falar mal sem terminar de ler o post)
Porque sim, oras. Pensa bem: se o ser humano fosse decente, não tinha que ter essa coisa de a mulher ter que provar seu valor, ou provar que também é capaz das coisas. Mulher não é gente também? Então, se somos todos iguais, não tem razão pra alarde. Certo?
 
Bom, eu já me liguei que o que eu quero é utópico. Então, deixa o dia da mulher como está, e que este dia sirva pra que aquela mulher que é oprimida por um homem ou por outra mulher possa se levantar e saber que ela é, como todos nós, um ser humano que merece respeito e dignidade.
 
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Aproveitando, hoje é o dia em que o presidente Bush chega ao Brasil, pra conversar com o Lula sobre álcool (hahahaha, piada pronta!). Eu trabalho próximo à Marginal Pinheiros, onde o mentecapto vai ficar hospedado. Pois bem: ruas serão fechadas, numa das regiões mais complicadas da Zona Sul de SP, afetando a cidade INTEIRA! E isso porque o cretino vem pra cá passar 48 horas.
 
Alguém fala pra esse SICOFANTA passear de helicóptero e não me aporrinhar?
 
Tirando a minha raiva pessoal, teve gente desalojada dos seus barracos, que haviam construído irregularmente na calçada, reconheço, só porque o CRETINO poderia passar pela rua na qual a moradia improvisada se localizava. Agora, sabe pra onde essas pessoas vão? LUGAR NENHUM. Exatamente, assim como o dono do barraco que ficava atrás do estacionamento do Hilton, essas pessoas foram jogadas na rua, sob a promessa de ter algum lugar pra ir.
 
Pois é: marketing de que o Brasil não tem morador de rua em área de luxo, é isso? Sei lá, não sei mais o que pensar. Sei que eu vou separar um pacote de bolacha, uma aguinha gelada, um suco, porque amanhã eu vou enfrentar umas 3 horas de transito pra chegar aqui. A volta? Essa eu nem sei como...