Às vezes, parece que a gente para e a vida continua. Parece que somos retirados de um trem em movimento, tal qual aquelas gruas de parque de diversão que sacam os bichinhos de pelúcia daquele conforto quase dionisíaco da máquina de prêmios, rumo a um destino incerto.
A diferença é que ficamos suspensos no ar, isolados do mundo corrente por nós mesmos, como consequência de atitudes ou decorrência de fatos e interações.
É curioso como, diante destes fatos, acabo encontrando algo pra imergir. A escolha da vez foi o Diário de um PM, o blog de um membro da PM carioca, que eu não visitava há algum tempo. É curioso ver os fatos sob a ótica de alguém ligado tão intimamente com a violência, com opiniões pertinentes somente a quem é tangenciado por tantas atrocidades como um PM.
Mais curioso é ver que, depois de alguns minutos de leitura e de virtual tranquilidade, a minha mente volta a ser assaltada pela dormência da qual ela sofria no início da aventura pelo tal diário.
E o rádio plugado em meus ouvidos parece mudo, a música já não fala tão alto. As quase 450 músicas do MP3 já não tem a mesma força, com exceção das depressivas "Sober" e "Schism" da banda Tool, que parecem me levar à autodestruição de que preciso para renascer, tal qual a fênix que sempre idealizei em momentos como esse, quando precisava de alguma refazenda.
Chego então à conclusão de que as minhas escolhas devem estar certas. Só preciso da força pra lutar por elas, em pleno início de inferno astral.
Alea jacta est.
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