É interessante pensar em algumas coisas na vida e ver que os fenômenos comportamentais podem ter as raízes encontradas facilmente no exagero. Eu explico: todo mundo que lê esta porcaria sabe que eu ando ganhando algum peso nos últimos 5 anos. A idade chegando... Mas não desviemos do assunto. É lugar comum o comentário das pessoas apontando o meu sobrepeso, as piadas, as delicadezas, enfim, o acúmulo disso tudo acaba por me fazer pensar no que anda acontecendo.
No domingo, assistindo ao filme O Operário (The Machinist), vi um protagonista raquítico, tal qual um habitante de um campo de concentração nazista, medonho. Christian Bale, que interpreta o personagem Trevor Reznik, deve ter passado maus bocados pra chegar naquilo...
É claro que a minha intenção era só ilustrar o post com uma condição física de uma personagem, mas eu acho que são esses comentários que recebo, e que muitos recebem, aliados à constante pressão da mídia sobre as pessoas em função do culto ao corpo esbelto e perfeito que acaba levando a acidentes muitas vezes fatais. É o(a) jovem que, ouvindo essas asneiras, acaba por reduzir drasticamente as refeições ou simplesmente as eliminar ou pior, acaba por atingir estados bulímicos ou anoréxicos, só para satisfazer um padrão de beleza muitas vezes defendido por pessoas as quais não se encaixam nele.
É fácil apontar tudo isso, condenar essa cobrança, mas entender no que ela pesa, onde é que isso magoa uma pessoa, só quando se ouve alguns comenários e se tem contato com jovens, como eu, para ver como certos comentários podem ferir alguém.
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