16 agosto, 2007

Vivendo do desperdício

Acabo de ouvir na BandNews FM que serão destruídas hoje 900 toneladas (é isso mesmo? ou tem mais zeros?) de produtos apreendidos pela Polícia Federal em blitzes e comandos. São itens como CDs, DVDs, cigarros, pneus, alimentos impróprios para consumo produto de contrabando ou venda ilegal.

Desse montante, 0% será doado para instituições. Ou seja, foi tomado de gente que acaba tirando o sustendo desta venda (não to defendendo a pirataria, calma) para simplesmente ser destruído.

Concordo que os CDs, DVDs, cigarros e alimentos não podem ser aproveitados, pela legalidade dos produtos e pela impossibilidade de consumo. Mas pneus, por exemplo, não dava pra vender a preços populares e usar a renda pra financiar programas de moradia popular, por exemplo? Ou usar para calçar os carros da polícia? E os CDs e DVDs, por que não reciclar, ou ainda, liberar como material para artistas modernos?

Já imagino a exposição "O Legal do Ilegal", composta por obras de arte produzidas em oficinas culturais espalhadas pelas periferias do estado, onde o material vem desses produtos apreendidos que seriam destruídos.

Um pouco de boa vontade resolveria muitos dos problemas que temos, mas dá tanto trabalho e pouco o que roubar, não é?

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