E aí ela veio, pequena, com aquele semblante de criança, me prometendo um pedaço da sua alma em confidência.
E condensou o sussurro do astral em palavras, em reflexos de sua mente e coração, em frases, em tempos e tomadas de fôlego como seu coração ditava.
E ele contemplou o trabalho daquela menina mulher de sorriso fácil e trejeitos cômicos, sem querer esperar nada, de peito aberto.
E não houve surpresa. Ela demonstrava o que ele imaginara, com requintados entrepostos e entrevírgulas.
E ele sorriu ao reconhecer um estilo que ele mesmo gostava de praticar.
E se sentiu rico de um novo conhecimento, mas pobre de não poder partilhá-lo.
Só restou a ela perguntar:
- E agora?
(A uma pequena amiga, o empurrão do gigante. Godspeed!)
4 comentários:
Responde ela:
E quem tão pobre é, que nem um abraço pode partilhar?
Aquele que não pode partilhar um abraço sofre de uma pobreza muito maior... Será que não seríamos nós, bilionários de carinho, responsáveis pela divisão desse nosso bem?
O tesouro da confidência... uma entrega que não se compra nem se toma. Uma que só acontece voluntariamente. Não se pode roubar uma confidência.
E agora? Agora observe que já existe a partilha. Talvaz não em tudo, mas em muito.
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