Muitas vezes desejamos deixar tudo pra trás, sumir no mundo, cortar as raízes... Mas como é interessante notar que, ao mínimo sinal de algo assim, nos tornamos inquietos e arredios. Nossa mente trata, quase que imediatamente, de criar barreiras contra o novo, só pra te manter na zona de conforto.
É uma sensação de perda, quase. O primeiro pensamento é viver sem amigos, sem referências ou rumos. É achar que tudo acabou, é, talvez, temer que a vida siga sem você, como se ficar onde se está garantisse participação em alguma trama maior, ou ainda, conferisse alguma importância na vida dos outros.
Talvez a morte seja isso. Uma partida inevitável, permitindo que a vida real siga seu curso, enquanto nós, simples acessórios ou satélites de algo maior, somos descartados no infinito, sem importância.
(dedicado à simples reflexão de viver num navio por 8 meses)
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