20 agosto, 2012

De amigos e distância

Aproveitando os momentos de reflexão e inspiração: quantos dos teus amigos te escreveram, te ligaram, te visitaram ou mesmo mandaram um simples SMS perguntando como você estava? 
E quantas vezes você fez o mesmo? 
Deixamos o tempo passar e, com ele, a oportunidade de demonstrar amor aqueles que chamamos de amigos. E eles sentem, viu? Talvez não de imediado, talvez não frequentemente, mas num momento de balanço, como este, eles certamente lembrarão de você e de suas atitudes.
Lembrarão dos bons momentos, lembrarão das dificuldades, mas os bons amigos, aqueles pra quem você faz falta, sempre terão um sorriso no rosto.

Agora, tenho certeza, que você lembrou de um amigão com quem não troca nem um recadinho de Facebook faz tempo, não é?
Rolou aquele sorriso, aquela vontade de rever, de abraçar... Então, MEXA-SE!
Um recadinho no mural, um e-mail, um SMS, uma ligação, uma visita... enfim, se faça presente! Sim, como presença e como mimo. Leve um sorriso, os braços abertos largos e retome a proximidade um dia perdida.

Digo por conhecer todas as nuances disso: tenho amigos que, de repente, me surpreendem com um e-mail, uma foto compartilhada, um SMS, ou até um pensamento que, via de regra, nos cruza numa simples conversa, mesmo que seja no chat do Facebook. Tenho aqueles que só se lembram de cobrar que não apareço em suas casas, mesmo que eles não se desloquem até a minha. E tenho aqueles, ainda, que me fazem tanta falta mas não consigo estar próximo como gostaria.

Assim, ponho hoje minha nova meta, pra nova vida que se inicia em breve, no meu 32o aniversário: estar mais perto dos amigos que amo.
E aí, se motivou também?


02 agosto, 2012

Vingança ou Justiça?

Um dos males do ser humano não é querer justiça. É achar que algum tipo de vingança o faria sentir que a justiça foi feita.
Ao ser sequestrado, roubado, ter parente morto ou algo assim, o ser humano não deseja que a o mal cesse e o seu autor possa deixar de fazê-lo, mas sim, que o mal se volte contra esta pessoa, com muito mais intensidade e efetividade.
Se desejamos o mal ao próximo, mesmo que este nos tenha feito mal, como podemos pedir o bem para nós e os que nos são queridos? Se desejamos o sofrimento ao próximo, por que o universo conspiraria a nosso favor?
- Por que somos justos, filhos de deus - diria a igreja. Mas se considerarmos todos os ensinamentos dos livros sagrados das maiores religiões, não deveríamos fazer o possível para que todos pudéssemos evoluir e aprender a ação do amor para com o próximo? E a pergunta é: aquele que erra, que faz o mal ao seu próximo, não é filho de deus, então?
Vejo muitos que defendem, por exemplo, a abordagem violenta da polícia contra suspeitos, afinal, se é bandido tem mesmo que ser tratado como bandido.
E como fica em casos de engano? O cidadão está na rua, tem um visual que faz com que ele seja confundido com um procurado. Justifica a abordagem policial violenta, humilhante, mesmo que ele possa comprovar que não cometeu um crime?
No caso reportado no link, um paciente de quimioterapia, fotógrafo, é tratado como ladrão e a situação é descrita como humilhante. A vítima do crime, roubo, o aponta como suspeito. Porém, ela mesma admite mais adiante que não tem certeza. Mas nisso, já se foram duas horas em que o fotógrafo estava de pé, sob ofensas e ameaças. Note o ponto na matéria onde ele afirma que o policial diz "se eu te levar daqui vai ser pior".
Espera: vai ser pior por que? Estamos falando de coação, de ameaça à integridade física?
Acho que a pergunta que fica é: somos culpados ou inocentes até que se prove o contrário? Quem sabe o que diz a lei?
E mais: à força policial, até onde sei, não é outorgado o poder de punição. Muito menos antes de um julgamento.
Há um sentimento de vingança embutido nesse tipo de ação, a corrupção do ser humano pelo poder conferido pela posse de uma arma de fogo e uma pseudo autoridade outorgada pela farda.
Concordo que há sim a necessidade de uma ação com segurança para o policial, que também é um trabalhador e muitas vezes parece ter pintado na farda um alvo para ataques criminosos. Concordo também que muitos daqueles que devem à justiça, ao verem a polícia, tentam fugir de toda forma que puderem, mesmo que isso implique em atacar seu perseguidor. Mas rotular toda a população como bandida e continuar usando o "bater primeiro e perguntar depois", é simplesmente alimentar uma cultura de violência. E essa cultura é a mesma que leva o povo a duvidar e hostilizar o trabalho da polícia.

Notas aí o ciclo vicioso?