31 julho, 2007

Me liga!

No mínimo esquisito isso: acabo de receber um SMS da operadora de telefonia celular da qual sou cliente fazendo propaganda do serviço "Me liga". Já começa por aí, odeio propaganda. Principalmente quando interrompe a música que eu estou ouvindo.
Como se isso não bastasse, o serviço oferecido é o que se chama de "desculpa esfarrapada" para sair de alguma conversa: você manda um SMS para o número apontado na mensagem e recebe, logo em seguida, uma chamada com uma gravação, pelo valor de 95 centavos.
Acho isso até inteligente, uma boa forma de explorar as pessoas que não sabem fugir dos chatos por aí. Mas também vejo aí um incentivo a certos momentos de hipocrisia e falsidade da sociedade brasileira. Se for ver bem, não precisamos mais saber lidar com as pessoas, basta usar esse artifício de fuga e pronto, aquela pessoa com quem você não queria encontrar aparece e você já tem como fugir.

24 julho, 2007

Um país em ruínas

Hoje é segunda feira, 6 dias depois do que foi apontado como o pior acidente da aviação civil brasileira em toda a sua história e a cada minuto, a coisa parece ficar pior em termos administrativos.

      Nestes últimos dias, vejo eu que a besta pôs a cara de fora: é presidente da república que leva uma eternidade pra se manifestar, é presidente da ANAC recebendo medalha por ótimos serviços prestados, é ministro falando que o caos aéreo tem a ver com a prosperidade recente da nação...

      Agora a última é que os pilotos de duas das maiores empresas aéreas em volume de operações do Brasil se recusam a posar na pista de Congonhas enquanto esta se demonstrar escorregadia. Mas se a pista não era segura para aterrissagem, por que se aguardou uma tragédia tal para este tipo de protesto? E por que não existem relatos de perigo?

      E não é só aí que a coisa está feia: temos as CPIs que continuam acabando em pizza, políticos do mais alto escalão sob investigação, estradas sem condições, transporte público jogado às traças, milhões gastos na organização superfaturada dos jogos pan-americanos...

      É mais que um país com pretensões reais de crescimento interno e externo pode suportar. É judiar de uma população já marcada pelas enormes diferenças sociais de meio milênio.

      Porém, não podemos descartar a culpa do próprio povo por ser feito de idiota, afinal, os próprios cidadãos acabam por ser coniventes com essa situação através do conformismo com a lei de Gérson.

      Aliás, pudemos ver a comoção de um estado inteiro pela morte de um político com a alcunha "Toninho Malvadeza", na última sexta-feira. Um povo assim, tem como cobrar algo de autoridades por conta própria, ou só como massa de manobra?

06 julho, 2007

Peças soltas

Bom, véspera de acampamento. Muita coisa passa pela cabeça, mas em um determinado momento, a euforia da coisa toma conta da gente...

Outra, não sei por que motivo, mas acabei encantado pela letra de "Solsbury Hill", do Collins. Vale a leitura, uma boa viajada.

Reflexão na volta do almoço: você descobre que está ficando velho, ou maduro, quando descobre que seus ídolos de ontem também são passíveis de erro e falam sérias besteiras. Vide Sr. Ziraldo, Sr. Jô Soares e outros que eu acabei vendo humanos nos últimos tempos.

Agora, até depois do acampamento. Ainda bem que isso não é podcast, vou voltar sem voz alguma!

05 julho, 2007

A coisa tá BRAVA, meu povo!

Pessoal, andei lendo os noticiários da vida via Internet e digo: a coisa tá FEIA.
 
Não que tudo tenha ficado mais violento, mas acho que nessa última semana a coisa apertou. Estamos sendo tirados de palhaços por todos os lados!
 
Comecemos pelo Ziraldo, que solta a linda pérola de que a Internet seria o antro do débil mental. Uma infeliz colocação, que gerou barulho demais em cima da declaração de um cara que deveria ser super responsável pelo que fala, pelo tanto que já contribuiu e contribui para a literatura desse país.
 
Continuemos pelo que chamam de seleção brasileira, que está jogando tanto quanto o time lá do bairro. Ou melhor: tá jogando menos e pensando que consegue bater o São Bernardo Futebol Clube. É inadmissível gente ganhar aquela exorbitância pra jogar futebol e ainda jogar tão mal.
 
Vamos indo, e encontramos essa ZONA do Renan Calheiros, que diz que não "arreda o pé" do cargo. Caramba, esse governo tá mais sujo que pau de galinheiro em dia de diarréia galinácea.
 
Junta com o incompetente do motorista do fretado não ter me deixado no suposto ponto final hoje de manhã e um velhinho cegueta quase ter me atropelado 5:55 da madrugada, na faixa de pedestres e NA CONTRA MÃO.
 
E to pegando gripe.
 
Bah, puro mau-humor.

03 julho, 2007

Videogame rouba tempo da leitura

Diz o Bluebus que o videogame rouba tempo da leitura e dos estudos, de acordo com uma pesquisa estadunidense.
 
Eu até teria lido a matéria, mas tá difícil passar dessa fase e é meu ultimo continue!

02 julho, 2007

Desvendando segredos: Tostines

Quem, como eu, é oriundo dos anos 80 deve se lembrar da clássica campanha das bolachas Tostines: "Tostines é fresquinho porque vende mais, ou vende mais porque é fresquinho?".
 
Pois bem: depois de tantas tentativas de ressuscitar a campanha nos anos 90 e o fatídico esquecimento do slogan pelas novas gerações, resolvi, movido pela carga de A-Ha que dei no meu celular, descrever aqui a minha explicação para as possibilidades abertas pela famigerada frase.
 
Opção A: Tostines é fresquinho porque vende mais.
Exatamente. Sob esta ótica, Tostines é fresquinho porque vende mais. Por que? Analise comigo: O primeiro carregamento de Tostines enviado aos mercados foi recebido com uma grande carga de ansiedade e curiosidade, devido ao marketing boca-a-boca gerado previamente pelos funcionários de fábrica. Assim, todo o primeiro lote foi vendido com muita rapidez, demandando logo uma nova remessa. Logo, se a venda se mantém assim, alta, a demanda por mais biscoitos é gerada e, consequentemente, Tostines é fresquinho porque vende mais. Quanto mais vende, mais a fabricante entrega e, devido ao hype, logo se esgota o produto.
 
Opção B: Tostines vende mais porque é fresquinho
Pois bem. Neste cenário, voltamos a trabalhar com a primeira carga dos biscoitos famosos. E sob este olhar, o primeiro carregamento dos biscoitos chegou aos mercados mais próximos da fábrica, para que os gastos com logística fossem reduzidos. Assim, chegaram fresquinhos e, como o povo adora uma novidade, logo foram comprando. E como estavam fresquinhos, novamente a propaganda boca-a-boca gerou a demanda por mais dos biscoitos, fazendo com que a produção e entrega das guloseimas fosse se tornando mais e mais frequente. Assim, Tostines vende mais porque é fresquinho, mesmo que, de fato, não seja: a propaganda se encarrega de conceder estas qualidades antes de, realmente, o consumidor as constatar.
 
Acho que passei uns 10 anos com essa explicação absurda na cabeça sem escrever e, agora, resolvi publicar aqui.
 
Dá pra acreditar?